Revogação do Estatuto do Desarmamento.
Machado de Assis em muitas de suas obras reflete por meio do pessimismo e ironias frequentes as adversidades e desvirtudes humanas perante a sociedade. Partindo desse pressuposto, é notável o interesse de alguns governantes na revogação do estatuto do desarmamento. Isso se evidencia não só pela fiscalização precária do contrabando de armas de fogo, mas também pela falta de leis mais rígidas para punir quem compra e vende tais objetos, se balizando pelo que já diz o código.
É irrefutável que esse distúrbio não só existe como vem se ampliando gradativamente. Por conta disso, é preciso dá mais ênfase aos motivos substanciadores desse transtorno social, entre os quais aparece como um dos mais recorrentes as poucas ações de inteligência e monitoria dessas organizações criminosas, por parte das polícias. Isso acontece, na maioria das vezes, por falta equipamentos e de equipes especializadas para essas atividades de campo. Consequentemente, essas deficiências depreciam o estatuto e favorecem os criminosos.
Vale também ressaltar que a falta de normas mais rígidas para reprimir crimes ligados a venda e posse de dessas armas é outro estimulante a esse ciclo delituoso. Tal fator acaba se materializando em casos como o veiculado no ano de 2016, pelo portal G1, no qual um homem preso por tentar entrar armado em uma boate, da cidade de Goiânia/GO, foi solto logo após pagar fiança. Diante do exposto, é notório que o estatuto não está sendo utilizado como sustentáculo para criar leis mais rígidas relacionadas a essas infrações.
Fica evidente, portanto, que os fatores motivadores dessa problemática precisam ser resolvidos, Nesse sentido, cabe ao Ministério da Justiça, por meio de parcerias com os estados, treinar e equipar as polícias, de modo a ter mais operações investigativas, no intuito de identificar e desmantelar esses grupos criminosos. Ademais, o Congresso, mediante parceria com o Terceiro Setor, precisa formular códigos mais severos, a fim de inibir a prática desses delitos. Assim, Machado veria que o homem ainda tem um lado bom a se cultivar