O artigo 6 da Constituição Federal, afirma que são direitos sociais, educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer e segurança. Todavia, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento pleno dessa garantia, pois diversas mulheres não possuem acesso a saúde menstrual, isso por causa dos desafios relacionados ao combate da pobreza menstrual. De maneira análoga à isso, essas adversidades são principalmente, a falta de recursos financeiros e a censura social sobre o assunto.
Nesse contexto, a menstruação é um período importante para o corpo da mulher, porque permite que ele libere bactérias do sistema reprodutivo, diminuindo o risco de Alzheimer. Desse modo, se higienizar de forma correta durante o período é essencial, mas maioria das mulheres que não tem acesso à um absorvente íntimo, não possuem renda favorável ou vivem em situações precárias. Posto isso, o vídeo “Como mulheres em situação de rua lidam com o período menstrual” aborda as dificuldades enfrentadas todo mês pelas moradoras de rua, que procuram diversos meios para substituir os absorventes higiênicos, apesar disso eles são caros, o que provoca a indecisão entre um absorvente ou uma refeição. Logo, é importante que caminhos sejam pensados a fim de que todas tenham acesso à saúde menstrual.
Ademais, é normalizado na sociedade a censura da menstruação, como uma característica vergonhosa da mulher. Sob essa ótica, no documentário da Netflix, “Absorvendo o tabu” expõe
como foi desenvolvida uma máquina para fazer absorventes biodegradáveis e de baixo custo nos vilarejos indianos. Além de como as mulheres e meninas criaram uma fonte de renda numa sociedade machista e patriarcal, com isso, elas quebraram o tabu e espalharam informação sobre algo que deveria ser tratado com naturalidade. Dessarte, essa narrativa mostra o quão o corpo social influência na vida de todos, pois muitas meninas não tinham conhecimento em virtude da repressão, mas com o incentivo e acolhimento, elas se juntaram e combateram o tabu.
Portanto, é necessário tomar medidas que venham diminuir os desafios no combate da pobreza menstrual. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação, órgão principal na garantia do ensino educacional, desenvolver estratégias para que não haja mais pobreza menstrual. Isso através de projetos educacionais para que meninas conheçam o seu próprio corpo e o ciclo menstrual, e campanhas com o intuito de normalizar o debate sobre menstruação e incentivar as pessoas a doarem absorventes para mulheres de baixa renda e em situações de rua. Com isso, haveria uma maior compreensão da sociedade e um acolhimento com moradoras de ruas que passam por necessidades.