No contexto da sociedade capitalista e industrializada, alunos de cursos de graduação ingressam cedo no mercado de trabalho através de estágios para se profissionalizar e ganhar experiencia. No entanto, se deparam com desafios, sendo os principais a falta de oportunidades, as altas exigências para contratação e a exploração do trabalho, gerando graves consequências na formação profissional do estudante.
Os desafios começam cedo na busca pelo estágio. O estudante procura maneiras de aprender, mas encontra apenas falta de oportunidades e requisitos exagerados por parte das empresas, como o conhecimento de outras línguas e experiencia na área desejada. Além disso, em muitas ocasiões, o mercado considera o estagiário como mão de obra barata para realizar funções essenciais que fogem do objetivo principal de aprendizado e qualificação profissional - isso pois estagiários possuem menos benefícios e direitos, quando comparados a trabalhadores de carteira assinada.
Por conseguinte, pode-se considerar que essa mazela gera graves consequências na formação de profissionais qualificados. Primeiramente, pela falta de oportunidades, que impede o estagiário de vivenciar a profissão e adquirir conhecimento, sofrendo com a falta de experiencia no seu futuro. Segundamente, ao alocá-lo em um trabalho essencial, o estudante foge do objetivo principal de aprendizado, alocando um tempo precioso em atividades que não contribuirão diretamente com seu futuro profissional, além de sobrecarregá-lo. Situação que pode resultar em distúrbios como o stress e afetar a vida acadêmica e social.
Portanto, é possível inferir que há muitos desafios na prática do estágio que devem ser combatidos. Para isso, o Estado necessita regulamentar e fiscalizar melhor as atividades de estágio, por meio da fiscalização das funções por profissionais capacitados, mediante concursos públicos. Desse modo, espera-se conseguir que o estágio cumpra sua verdadeira função de qualificação profissional e aprendizado.