"O nosso mundo vive demasiado sob a tirania do medo",a frase do filósofo Bertran Russel traz para debate como o medo tem atingido a população nos últimos anos,e quais consequências pode trazer para a sociedade,visto que as novas gerações são mais medrosas do que as antigas.De acordo com Russel,é perceptível a presença de um grande problema contemporâneo:a desesperança da sociedade causada pelo medo.
Em primeiro plano,é importante citar que a mídia se tornou muito mais acessível nos últimos anos,com ênfase na internet,de modo que as pessoas conseguissem acessar qualquer tipo de informação a qualquer momento.Em função disso,as notícias alarmantes também se disseminaram,de forma que a população estivesse mais ciente dos perigos do mundo,se tornando mais vulneráveis ao medo.Segundo dados do IBGE,47,7% da população brasileira tem medo da violência nas ruas que é mostrada na televisão,o que reforça a tese do papel das mídias na disseminação do medo.
Em segundo plano,faz-se necessário expor que o medo também se relaciona com a crença que a sociedade deposita nos meios tecnológicos,que faz com que a esperança do futuro dependa exclusivamente destes,o que pode causar frustrações e futuras fobias.Para o sociólogo Zygmunt Bauman,a crença moderna na racionalidade humana no controle do mundo natural não se concretizou,por isso enfrentamos desastres tão inesperados e consequentemente reforça a idéia do medo do futuro.
Portanto,visto que o comportamento da sociedade demanda mudanças, é preciso que a OMS crie uma campanha,por meio de recursos próprios,que divulgue postagens nas redes sociais contendo mensagens de encorajamento, para que as pessoas busquem seus objetivos acima de suas fobias.Desse modo, a ação irá colaborar para o fim da propagação do medo entre a sociedade, e para a independência emocional dos indivíduos.