A Constituição brasileira de 1988 assegura que todos são iguais perante a lei e tem direito à igualdade. No entanto, na prática, tal garantia é deturpada, visto que pessoas transexuais são vítimas de preconceito e tratadas com desigualdade. Sendo assim, esse cenário nefasto acorre por conta da intolerância da sociedade e a violência gerada pela tal. Desse modo, fatos devem ser analisados a fim de amenizar a problemática.
Nesse sentido, é necessário ressaltar que o corpo social marginaliza tudo que é diferente que é considerado padrão. Mediante a isso, segundo Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Seguindo essa linha de raciocínio, constata-se que a situação das pessoas transexuais entra em conformidade com o pensamento de Einstein, dado que esses indivíduos são segregados por conta desse fator. Diante disso, é visível que essas pessoas são vetadas de seus direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988 por conta da intolerância da massa social.
Ressalta-se, ademais, que o pensamento preconceituoso enraizado na coletividade gera agressão aos cidadãos que são alvos do tal. Sob essa perspectiva, de acordo com Jean Paul Sartre, o homem está condenado a ser livre. Sob esse viés, a violência sofrida pelas pessoas transexuais confronta o pensamento de Sartre, em razão de que esses cidadãos não têm liberdade de ser quem é por conta da agressividade da qual são vítimas. Dessa forma, fica claro que a violência às pessoas que se identifica com o sexo diferente do biológico, é totalmente desencadeada pelo preconceito.
Portanto, diante dos aspectos conflitantes relativos a transfobia, é indiscutível a realização de ações interventivas. Logo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve, por meio de verbas governamentais, realizar propagandas que expliquem acerca do que é transexualidade e a necessidade da inclusão dessas pessoas na sociedade, a propaganda deverá ser obrigatória a todos os canais de TV aberta para que toda população tenha informação do assunto, assim, espera-se que o preconceito e consequentemente a violência a essas pessoas diminuam. Só assim, será possível combater o estigma e fazer com que a liberdade defendida por Sartre seja concebida a esses cidadãos.