Na série "Emily in Paris", a protagonista que dá nome ao seriado é frequentemente constrangida por seus colegas de trabalho. Apesar de ficcional, a obra retrata uma questão do Brasil hodierno: o assédio moralno ambiente de trabalho. Tal questão tem como uma de suas causas a obtenção de objetivos de um dos empregados, e pode culminar em problemas psicológicos e até mesmo a demisão do agredido. Primeiramente, cabe ressaltar que uma das raízes dessa problemática é a pretensão em atingir algum interesse do assediador. Sérgio Buarque de Holanda, sociólogo brasileio, dissertou sobre a dificuldade dos cidadãos em separar a esfera privada da pública, o que pode, por exemplo, prejudicar as relação de trabalho. Sob essa ótica, é perceptível que o agressor, ao humilhar o seu próximo, tem a intenção de um ganho que pode ou não ser relacionado ao trabalho, conforme a tese do pesquisador. Logo, nota-se que muitas vezes o alvo dessas agressões se sente intimidado pela situação e não a denuncia. Prova disso são os dados da pesquisa "O Livre", em que 87% dos entrevistados não denunciaram o assédio por medo ou vergonha. Consequentemente, a vítima pode apresentar quadros de estresse, ansiedade e outros problemas psicológicos, ou assim como a personagen fictícia Emily,pensar em se demitir. Diante desse cenário dantesco, é dever do Estado, junto ao Ministério do Trabalho, garantir a penalização dos infratores, através de maiores fiscalizações nos meios trabalhísticos, a fim de mitigar esse tipo de agressão, tornando assim o ambiente professional mais seguro para todos. Do mesmo modo, o Estado, em parceria as redes midiáticas, deve fomentar o ato da denúncia por parte das vítimas, por meio de campanhas publicitárias que garantam o sigilo e protegam-as, para assim diminuir a impunidade neste âmbito.