No filme “O diabo veste Pradaâ€, em diversas cenas, é retratada a relação de uma funcionária com sua empregadora que a constrange e intimida durante toda sua jornada de trabalho. Fora da ficção, o assédio moral no ambiente de trabalho é muito comum, sobretudo no Brasil. Isso ocorre, ora em função da dependência empregatÃcia, ora pela ineficiência estatal. Assim, é imprescindÃvel que tais fatores sejam analisados, a fim de solucionar a problemática de maneira eficaz.
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Sob esse viés, é necessário destacar que o assédio moral no ambiente de trabalho é fruto da dependência do trabalhador em relação ao emprego. De acordo com o IBGE, a falta de emprego atinge 13,7 milhões de brasileiros. Esse atual panorama corrobora com a incidência da problemática, uma vez que, impede os indivÃduos de questionar seus patrões com medo de um possÃvel desligamento da empresa. Logo, é explÃcito que tal dependência gera ao cidadão a aceitação de comportamentos abusivos por parte de seus empregadores. Nesse sentido, a alteração desse quadro é substancial.
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Outrossim, é imperativo pontuar que desrespeito à moralidade individual no trabalho deriva, também, da falta de atuação dos setores governamentais. A CLT ( Consolidação das Leis Trabalhistas), criado em 1943 e em vigor até os dias atuais, garante aos trabalhadores direitos fundamentais, inclusive que a empresa deve responder pela conduta de assédio praticada em suas dependências. Entretanto, apesar da existência de leis que assegurem esses empregados, nota-se que a falta de fiscalização por parte do Estado, e ainda, de informações que orientem esse indivÃduo acerca dos seus direitos, faz com que a problemática seja decorrente no mercado de trabalho, podendo gerar ao trabalhador danos psicológicos irreparáveis. Dessa maneira, a dignidade do empregado é violada e a ineficiência estatal exposta.
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Depreende-se, portanto, que o ataque à dignidade do trabalhador deve ser amenizada e precisa de atenção pelo poder público. Para tanto, cabe ao Governo Federal, a veiculação em redes televisivas de portais de denúncias além da fiscalização mais efetiva nas empresas e ainda ao Ministério do Trabalho e Previdência, a oferta de atendimento psicológico gratuito a esses profissionais. Espera-se, com isso, que as leis previstas pela CLT sejam respeitadas.