São Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas devem ser tratadas com a mesma importância. Porém, o cenário defendido pelo filósofo não é a realidade ofertada para o povo indígena, dado que um dos princípios básicos para o desenvolvimento pessoal - a educação - não é ofertada com todos os direitos e investimentos necessários. Com isso, é necessária a devida atenção para esse grave problema social, que tem como agravadores o silenciamento e a insuficiência legislativa. Diante desse cenário, é preciso atentar-se para a falta de divulgação presente na questão. Nesse sentido, a filósofa Hipátia de Alexandria defendeu que "Conhecer o que nos rodeia é a melhor preparação para compreender o que há mais além". Nessa perspectiva, quando os ambientes escolares não debatem sobre a cultura indígena, os estudantes não têm o conhecimento básico sobre a questão e torna-se evidente que o silenciamento que tanto afeta a manutenção de uma sociedade igualitária continuará a existir no Brasil. Isso acontece porque as especificidades dos primeiros habitantes do território nacional só são discutidas nas escolas em datas que remetem ao povo, o que torna a falta de conhecimento como algo inerte nessa grave questão. Além disso, outra dificuldade enfrentada é a carência legislativa. Sob esse viés, John Locke afirmou que "As leis fizeram-se para os homens e não para as leis". Contudo, o pensamento do filósofo continua inativo, posto que mesmo com a existência de políticas especiais para o processo estudantil indígena e do Ministério da Educação, a qualidade da aprendizagem ofertada para os indígenas não recebe a devida atenção para um pleno funcionamento, o que agrava a tentativa da inclusão escolar. Por consequência, enquanto o sistema legislativo não buscar o aperfeiçoamento dessas leis, os povos autóctones ainda não terão a educação como um direito totalmente assegurado. Logo, é de suma importância a tomada de atitudes para reverter tal situação. Para que isso ocorra, o Poder Legislativo deve elaborar uma norma jurídica que exija que a questão indígena tenha a participação necessária na grade de formação estudantil e que a educação nas tribos seja cumprida da maneira necessária. Para a conclusão da ação, o projeto de lei será encaminhado ao Congresso e aprovado por meio de uma votação aberta que solicite também que o Ministério da Educação fiscalize as escolas de Ensino Fundamental e Médio para garantir que a cultura indígena esteja sendo devidamente inserida na matriz curricular, a fim de que a aprendizagem que ainda promove a segregação passe a ser capaz de reverter tais atos e transformar a atual realidade. Somente assim, o cenário ideal defendido por Tomás de Aquino começará a ser praticado no Brasil.
Ver redaçãoNa "Carta do descobrimento", Pero Vaz de Caminha registrou suas impressões em relação ao novo território e aos habitantes, os índios. Devido a isso, sabe-se que a valorização da população indígena, povo originário brasileiro, é de extrema importância para a manutenção da identidade nacional. Entretanto, a ineficaz aplicação dos direitos desse povo influencia diretamente nos conflitos por demarcações de terra, configurando-se, assim, como uma ameaça para o equilíbrio do patrimônio histórico e cultural do Brasil. Em primeira análise, os índios são considerados os povos originários do Brasil. Nesse viés, na carta de Caminha retrata-se o modo de vida e as tradições culturais da população indígena, como a caça de animais, a coleta de frutas e ervas medicinais, a pesca, o vestuário, a comunicação própria e a utilização de pinturas. Assim, a valorização dos costumes e da linguagem é indispensável para a configuração da identidade nacional. Como exemplo disso, tem-se o escritor e ativista, Ailton Krenak, um dos maiores líderes do movimento de reconhecimento do povo guarani. Sendo assim, é possível perceber a necessidade do enaltecimento das bases originárias para a preservação das tradições brasileiras. Por outro lado, a manutenção da riqueza cultural da população indígena está ameaçada em razão da falta da aplicação dos direitos desse povo. Isto é, a batalha entre índios e latifundiários pelo controle e posse de terras é marcada pela violência e negligência dos governantes em relação ao conflito e a proteção das parcelas territoriais pertencentes aos índios. Ao longo dos últimos anos, o impasse na demarcação das terras indígenas fortaleceu as disputas nas regiões Norte e Nordeste, pois de acordo com dados divulgados pelo site “G1”, a região do MAPITOBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), foi considerada a mais violenta do país, em virtude desses confrontos. Indubitavelmente, são necessárias novas medidas públicas, a fim de promover a segurança e o respeito ao povo originário do Brasil. Portanto, em virtude dos fatos mencionados, cabe ao Governo, junto ao FUNAI (Fundo Nacional do Índio), desenvolver projetos efetivos para estimular o combate aos conflitos entre índios e latifundiários pelo controle de terras, por meio de programas de fiscalização nas regiões de povoamento indígena, realizados por profissionais especializados, a fim de garantir o direito de posse de terras e evitar confrontos. Além disso, cabe ao Ministério da Cidadania divulgar propagandas nos meios comunicativos, como rádio, televisão e redes sociais, informando sobre a necessidade da valorização da cultura dos povos guaranis para preservar a identidade nacional. Dessa maneira, com a colaboração de todas as partes, será possível promover a valorização da população indígena no Brasil.
Ver redaçãoO significado etimológico da palavra educação, trata sobre guiar ou conduzir ao mundo exterior. Portanto, o ato de educar consiste em incluir e instruir os cidadãos a novas perspectivas, e isto é direito de todos. Entretanto, o que se observa é a falha na garantia da aprendizagem, já que alguns grupos não são acolhidos da maneira devida, como vivenciado pelos povos indígenas, que enfrentam impasses para desfrutar de uma boa educação inclusiva. Antes de tudo, é válido apontar a Constituição Federal na validação dos direitos indígenas a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue e comunitária. No entanto, são muitos os desafios encontrados para a execução dos direitos propostos, de tal maneira que ao longo do tempo as tradições e a originalidade indígenas vão se desgastando, como consequência do falho modelo vigente. A estrutura precária e as equipes de professores desqualificadas não conseguem atender as demandas necessárias para um ensino qualificado. Além disso, salienta-se em como a exclusão da história indígena no currículo escolar, cria uma visão deturpada da sociedade sobre a posição desse grupo étnico. Em analogia, a escritora Andrea Ramal, fala sobre o conceito de a educação exclusiva, ela se afina com a ideia de uma sociedade capaz de incluir a todas as pessoas, portanto, uma sociedade que não foi ensinada a acolher grupos distintos, tampouco ela saberá incluir e respeitar os indígenas, povos que já sofreram muito desde o início da história. Portanto, é imprescindível que haja valorização para esse grupo tão importante na história. Destarte, são notórias as dificuldades encontradas pelos indígenas, em âmbito escolar. Com isso, é de suma importância que o Ministério da Educação realize melhoras no sistema educacional indígena, com escolas que contenham boa estrutura e professores preparados e especializados para atender de forma eficiente esse público, ocasionando aos mesmos uma melhoria educacional e uma melhor preparação para a vida. Outrossim, a Base Nacional Comum Curricular deve incluir no currículo de ensino, assuntos que abordem a história da cultura indígena do Brasil, para integrá-los de fato. Dessa forma, teremos uma sociedade inclusiva e instruída, mesmo com tantas disparidades culturais.
Ver redaçãoA história literária brasileira inicia-se em 1500 com a produção da Carta de Pero Vaz de Caminha, a qual demonstra todo o conteúdo intolerante com a cultura indígena ao expressar que a única solução seria "salvar essa gente" por parte dos Jesuítas. Mesmo após 520 anos da criação dessa carta, os indígenas continuam sendo pouco integrados no plano de educação brasileira, quando deveriam ser parte fundamental dessa. Diante dessa problemática, cabe analisarmos as causas dessa baixa participação, seja pelo rápido advento das tecnologias, seja pela valorização da cultura de massa estrangeira em detrimento da cultura nacional. Em primeira análise, é necessário observar os desafios da integração dos indígenas na educação diante do rápido avanço das tecnologias. Assim como os portugueses em 1500, os brasileiros persistem, em geral, em olhar os pioneiros tupiniquins como povos diferentes e isolados da modernidade. Assim como escrito por Bauman no conceito da Modernidade Líquida, a multiplicidade de tarefas e obrigações simultâneas demandam um homem moderno cada vez mais adaptado à essa dinâmica, enquanto os índios permanecem sem sequer saber como usar um tablet, por exemplo, ao mesmo tempo que o homem moderno não se interessa com o modo de vida indígena, bem diferente dessa dinâmica. Somado a isso, os meios de comunicação cada vez mais seguem a linha da cultura de massa, ao colocar como entretenimento um conteúdo que busca homogeneizar a cultura visando o lucro em detrimento das produções indígenas. Apesar de Oswald de Andrade ter criado o Manifesto Antropofágico em 1922, a cultura estrangeira que deveria ser "deglutida" de tal forma que permitisse a integração do indígena na sociedade acaba por excluí-los, fato que pode ser comprovado com a alta taxa de evasão escolar indígena segundo dados do IBGE. Assim sendo, torna-se imprescindível que seja dada como prioridade políticas que possam incluir os indígenas na sociedade e na educação brasileira. Diante disso, cabe ao Ministério da Educação a criação de programas educacionais que integrem os índios com as novas tecnologias através do incentivo à recuperação de memórias históricas tupiniquins no perfil curricular escolar, concomitante com programas que levem voluntários curiosos às aldeias indígenas que possam apresentar e integrar os índios com as novas tecnologias. Espera-se com isso eliminar de vez a intolerância e o sentimento de superioridade que ainda persiste desde 1500.
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