Na sociedade brasileira, o descontrole monetário e o comprometimento, intrínseco à má-gestão, de itens necessários à saúde e qualidade de vida é uma problemática vivenciada na contemporaneidade da nação. Nesta situação aflitiva, a falta de diálogos de informações formadoras de opiniões e a ineficácia governamental na propagação de informações básicas são as vertentes fundamentais que desestimulam a educação financeira no Brasil.
De maneira inicial, diversas instituições formadoras de opinião não promovem debates a respeito de controle monetário em razão de, no Brasil, não haver estímulos à disseminação deste conhecimento, o que facilita a banalização de assuntos monetários. Em prova disso, o espaço socioeconômico brasileiro é insuficiente para suprir as demandas nacionais em casos de grave crise, acerca deste fato, torna-se possível atestar a marginalização do ensino financeiro com a frase “A economia nós vemos depois”, emitida por João Doria, atual governador do estado de São Paulo. Consequentemente, o desenvolvimento deste setor, no Brasil, é ceifado desde o princípio pela inexpressividade dos núcleos familiares e educacionais em prol da educação financeira.
Ademais, faz-se evidente que a falta de assistência e apoio à famílias de baixa renda, no âmbito monetário, comprova a ineficácia governamental perante a propagação de informes elucidativos benéficos para toda a população. No que concerne às instituições federais, o uso ineficaz dos meios de comunicação desfavorece o alastramento de informações e ensinos com relação a economia, resultando, assim, em maiores desigualdades sociais. A título de ilustração, no Século XX, o Brasil sofreu uma árdua crise inflacionária devido ao plano econômico do Ministro Rui Barbosa, o qual não soube gerir o caos socioeconômico proliferado pelo país, tal descontrole é, de modo a respeitar as proporções, vivenciado em diversas famílias brasileiras.
Portanto, com o fito de mitigar os danos irreparáveis causados pela falta de conhecimento acerca de finanças, compete às famílias e às instituições formadoras de opiniões promover diálogos satisfatórios a respeito do gerenciamento monetário, por intermédio, respectivamente, de debates mais frequentes nos lares, de palestras e até de cartilhas didáticas sobre como realizar o primeiro investimento a longo prazo. Outrossim, torna-se necessário uma otimização, mediante aprovação do Ministério da Economia, na disponibilidade de recursos financeiros para a criação e divulgação de informes elucidativos que facilitem, para a população, a poupança e o gasto consciente. Somente assim, a educação financeira terá, de fato, uma importância no cenário brasileiro.