Para o pensador francês Pierre Bourdieu, "aquilo que foi criado para ser um instrumento de democracia, não deve ser convertido em uma ferramenta de manipulação." Essa visão, embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, posto que se tornou frequente a desvalorição do futebol feminino. Isso ocorre, ora em função do machismo istrínseco na sociedade, ora pela inação das esferas governamentais para conter esse dilema. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz, em busca do equilíbrio social.
A priori, é imperioso destacar o machismo como impulsionador da desvalorização do futebol feminino. Isso porque, o mesmo está enraizado na sociedade desde os primórdios, rejeitando a igualdade social entre homens e mulheres. Esse panorama, se evindencia, por exemplo, ao observar a jogadora Marta, melhor profissional da sua área, não sendo reconhecida como se deve, visto que, jogadores masculinos, em níveis inferiores, são mais valorizados e recompensados. Logo, é substancial a alteração desse quadro que vai de encontro á possibilidade de encontro inerente a mulher.
Outrossim, é imperativo pontuar que a desvalorização do futebol feminino, deriva, ainda, da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne á criação de mecanimos que coíbam tais ocorrências. Isso se torna mais claro, ao observar que pouco se fala sobre o assunto, e a mídia que diariamente televisiona em suas emissoras os jogos de futebol masculino, se recusa a fazer o mesmo com as mulheres. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar. Entende-se assim, o porquê da continuação da problemática, visto que, o Gorverno e a mídia se omitem á uma questão tão importante, criando uma sociedade com o comportamento de descaso com o futebol feminino. Desse modo, faz-se mister a reformulação da postuta estatal.
Depreende-se, portanto a necessidade de combater a desvalorização do futebol feminino. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, inserir, nas escolas, desde a tenra idade, a disciplina sobre igualdade social, de cunho obrigatório em função da sua necessidade, para que o sujeito aja corretamente com a mentalidade de que, independente do gênero, todas as pessoas devem ser valorizadas igualmente, com o intuíto da erradicação do machismo. Ademais, o Governo Central, deve fundir campanhas sobre a importância da mulher no futebol, por meio das mídias de grande alcance, e impor que as emissoras trasmitam os jogos, para influenciar a conduta social, com o fito de uma sociedade equilibrada e harmônica.