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São Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas devem ser tratadas com a mesma importância. Porém, o cenário defendido pelo filósofo não é a realidade ofertada para o povo indígena, dado que um dos princípios básicos para o desenvolvimento pessoal - a educação - não é ofertada com todos os direitos e investimentos necessários. Com isso, é necessária a devida atenção para esse grave problema social, que tem como agravadores o silenciamento e a insuficiência legislativa. Diante desse cenário, é preciso atentar-se para a falta de divulgação presente na questão. Nesse sentido, a filósofa Hipátia de Alexandria defendeu que "Conhecer o que nos rodeia é a melhor preparação para compreender o que há mais além". Nessa perspectiva, quando os ambientes escolares não debatem sobre a cultura indígena, os estudantes não têm o conhecimento básico sobre a questão e torna-se evidente que o silenciamento que tanto afeta a manutenção de uma sociedade igualitária continuará a existir no Brasil. Isso acontece porque as especificidades dos primeiros habitantes do território nacional só são discutidas nas escolas em datas que remetem ao povo, o que torna a falta de conhecimento como algo inerte nessa grave questão. Além disso, outra dificuldade enfrentada é a carência legislativa. Sob esse viés, John Locke afirmou que "As leis fizeram-se para os homens e não para as leis". Contudo, o pensamento do filósofo continua inativo, posto que mesmo com a existência de políticas especiais para o processo estudantil indígena e do Ministério da Educação, a qualidade da aprendizagem ofertada para os indígenas não recebe a devida atenção para um pleno funcionamento, o que agrava a tentativa da inclusão escolar. Por consequência, enquanto o sistema legislativo não buscar o aperfeiçoamento dessas leis, os povos autóctones ainda não terão a educação como um direito totalmente assegurado. Logo, é de suma importância a tomada de atitudes para reverter tal situação. Para que isso ocorra, o Poder Legislativo deve elaborar uma norma jurídica que exija que a questão indígena tenha a participação necessária na grade de formação estudantil e que a educação nas tribos seja cumprida da maneira necessária. Para a conclusão da ação, o projeto de lei será encaminhado ao Congresso e aprovado por meio de uma votação aberta que solicite também que o Ministério da Educação fiscalize as escolas de Ensino Fundamental e Médio para garantir que a cultura indígena esteja sendo devidamente inserida na matriz curricular, a fim de que a aprendizagem que ainda promove a segregação passe a ser capaz de reverter tais atos e transformar a atual realidade. Somente assim, o cenário ideal defendido por Tomás de Aquino começará a ser praticado no Brasil.
Ver redaçãoNa "Carta do descobrimento", Pero Vaz de Caminha registrou suas impressões em relação ao novo território e aos habitantes, os índios. Devido a isso, sabe-se que a valorização da população indígena, povo originário brasileiro, é de extrema importância para a manutenção da identidade nacional. Entretanto, a ineficaz aplicação dos direitos desse povo influencia diretamente nos conflitos por demarcações de terra, configurando-se, assim, como uma ameaça para o equilíbrio do patrimônio histórico e cultural do Brasil. Em primeira análise, os índios são considerados os povos originários do Brasil. Nesse viés, na carta de Caminha retrata-se o modo de vida e as tradições culturais da população indígena, como a caça de animais, a coleta de frutas e ervas medicinais, a pesca, o vestuário, a comunicação própria e a utilização de pinturas. Assim, a valorização dos costumes e da linguagem é indispensável para a configuração da identidade nacional. Como exemplo disso, tem-se o escritor e ativista, Ailton Krenak, um dos maiores líderes do movimento de reconhecimento do povo guarani. Sendo assim, é possível perceber a necessidade do enaltecimento das bases originárias para a preservação das tradições brasileiras. Por outro lado, a manutenção da riqueza cultural da população indígena está ameaçada em razão da falta da aplicação dos direitos desse povo. Isto é, a batalha entre índios e latifundiários pelo controle e posse de terras é marcada pela violência e negligência dos governantes em relação ao conflito e a proteção das parcelas territoriais pertencentes aos índios. Ao longo dos últimos anos, o impasse na demarcação das terras indígenas fortaleceu as disputas nas regiões Norte e Nordeste, pois de acordo com dados divulgados pelo site “G1”, a região do MAPITOBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), foi considerada a mais violenta do país, em virtude desses confrontos. Indubitavelmente, são necessárias novas medidas públicas, a fim de promover a segurança e o respeito ao povo originário do Brasil. Portanto, em virtude dos fatos mencionados, cabe ao Governo, junto ao FUNAI (Fundo Nacional do Índio), desenvolver projetos efetivos para estimular o combate aos conflitos entre índios e latifundiários pelo controle de terras, por meio de programas de fiscalização nas regiões de povoamento indígena, realizados por profissionais especializados, a fim de garantir o direito de posse de terras e evitar confrontos. Além disso, cabe ao Ministério da Cidadania divulgar propagandas nos meios comunicativos, como rádio, televisão e redes sociais, informando sobre a necessidade da valorização da cultura dos povos guaranis para preservar a identidade nacional. Dessa maneira, com a colaboração de todas as partes, será possível promover a valorização da população indígena no Brasil.
Ver redaçãoA Constituição federal de 1988, pode ser facilmente aplicada ao comportamento da sociedade diante a valorização dos indígenas no Brasil no século XXI, já que essa quebra social é marcada na sociedade por concentrar a construção de barreiras sociais e a escassez de medidas para sua erradicação. Assim, torna-se claro que esse panorama tem origem na falta de conhecimento e sabedoria em relação à cultura brasileira. Desse modo, atuam agravando o quadro central não só na falha educacional como também na demarcação de terras. Em primeira análise, deve-se ressaltar, a falta de conteúdo nas escolas em relação à cultura afro-brasileira e indígena. Diante a Constituição Federal o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acessos às fontes da cultura nacional. Com quanto, esse direito ainda é muito pouco discutido, tanto nas escolas quanto na sociedade brasileiras, e quando é comentada de fato, é em datas especiais, como o “dia do índio”. Em virtude desse motivo, uma lei foi sancionada em 2008, tanto na rede pública quanto particular, que foi a obrigação da inclusão de elementos da cultura afro-brasileira e indígenas, na área da literatura, história e artes. Ademais, é fundamental apontar que há hoje no Brasil comunidade indígenas em todo Estado. No entanto, muitos lutam pela sobrevivência que são constantemente marcadas pelo agronegócio que costuma busca expandir seu território mesmo através de métodos irregulares. Posto que, muitos índios acabam perdendo sua vida em conflitos e perde seu espaço e ficam em situação de pobreza nas grandes cidades vítimas do preconceito, o índio vem sofrendo desde a chegada dos portugueses em 1492, nesse período há perda de bens preciosos, terras entre outras, a luta por seus espaços estão longe de acabar. Defende-se, portanto, a necessidade de combater esse obstáculo. Para isso é imprescindível que o Governo faça uma lei que garanta o direito do índio e de seu território. Não só, mas, também, que as escolas tenham obrigatoriedade de discutir o tema através de palestras, visto que se trata sobre o assunto desde o ensino fundamental até o médio para que seja valorizada a cultura nas escolas. A fim de informar o público sobre a importância do índio no contexto brasileiro, e propagando como da FUNAI para atingir a população adulta sobre o tema.
Ver redaçãoDurante o periodo colonial brasileiro, os nativos foram amplamente usados pelos jesuitas como forma de difundir os valores europeuse os cristãos, pois eram vistos como não civilizados e com uma cultura inferior. Contudo, apesar da doutrinação, a herança dos indiossegue viva na sociedade nacional Visto isso, a educação indigena no Brasil é relevante para o povo. Em primeiro lugar, é importanteabordar sobre como a educação indígena integra os indios na sociedade. A figura do nativo, desde o Brasil colônia, sempre foimarginalizada e discriminada, porque ela era vista como fora dos padrões culturais europeus. Ao agregar as tradições nativistas nasescolas, é assegurada a garantia dos direitos desses povos e a igualdade social que antes não lhe foi dada.Também é necessário expor a importância da presença da cultura dos indios no curriculo escolar. Segundo Nelson Mandela, "Aeducação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Ao apresentar na escola os costumes e tradições deetnia à sociedade brasileira, além do respeito, há também um vinculo de aceitação, de reconhecimento entre os individuos e de apoioperante as causas dessa dada minoria.É evidente, portanto, a notoriedade das tradições nativas no âmbito educacional. Dar acesso para um grupo ao ensino não só beneficiaaos mesmos, mas também a sociedade como um todo Pensando nisso, é importante que o MEC trabalhe para incluir cada vez mais apopulação indigena no território, a fim de garantir a igualdade no meio social. Essa ação será garantida a partir da adição de umadisciplina especifica no curriculo minimo escolar e de palestras sobre o assunto. A partir disso, a transformação no mundo que NelsonMandela almejava pode se tornar real.
Ver redaçãoNa série "Bom dia, Verônica", da Netflix, é retratada a triste realidade do feminicídio brasileiro e como estes casos permanecem sem solução. Fora da ficção, as altas taxas de feminicídio no Brasil é uma problemática presente na atualidade. Isso ocorre não só pela ineficácia do Estado, mas também pela perpetuação do machismo no país. Em primeira análise, a insuficiência estatal, refletida na falha aplicação de leis e penas contra os responsáveis, é uma das causas do problema. Segundo Thomas Hobbes, filósofo contratualista, o Estado deve garantir as condições necessárias para o bem coletivo. Entretanto, o pensamento do autor choca-se com o cenário brasileiro atual, uma vez que mulheres são mortas por seus parceiros ou ex-parceiros, diariamente, e esses assassinatos continuam impunes, e com efeito muitas vítimas de relacionamentos abusivos, mesmo com o risco de feminicídio, continuam nessas relações com os agressores, já que estão desamparadas pelo Estado, o que contribui para a ocorrência desses crimes. Dessa maneira, o Poder Judiciário deve aplicar, corretamente, as punições aos feminicidas e incentivar mulheres a denunciarem. Outrossim, a normalização da cultura machista enraizada na sociedade, contribui para a existência de questão. Conforme a filósofa francesa Simone de Beauvoir, o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles. Com base nisso, nota-se que a visão da autora faz-se presente atualmente, pois devido a banalização do machismo, no qual homens são superiores as mulheres, e estas são propriedades masculinas, o corpo social habitua-se a mortes e abusos sofridos pela população feminina, já que esses escândalos são recorrentes, o que, por conseguinte, resulta na naturalização de feminicídios e na permanência dessa violenta ação. Dessa forma, enquanto o machismo prevalecer, a população brasileira habituarar-se a todos os casos de mulheres que perderam suas vidas para o feminicídio. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para combater as altas taxas de feminicídio no Brasil. Logo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Poder Judiciário, deve executar a sanção de penas contra os feminicídios e buscar elucidar casos não solucionados, a fim de coibir a realização desses delitos, bem como erradicar a impunidade deles, gerando mais segurança e incentivo às mulheres para denunciarem e evitarem os crimes no país. Além disso, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, cujo o objetivo é assegurar a proteção de mulheres, deve através de propagandas de televisão em redes sociais, inclusive com auxílio de figuras públicas masculinas, veicular campanhas contra o machismo no Brasil, e como essa prática é fatal à vida de milhões de mulheres, com o intuito de desnaturalizar e erradicar o feminicídio oriundo da ação machista, isolando essa temática somente à ficção, como na série "Bom dia, Verônica".
Ver redaçãoA obra "O grito", do pintor norueguês Edvard Munch, retrata uma figura em um profundo momento de angústia, desespero e preocupação. De maneira análoga à obra expressionista, tal situação de desconforto também se faz presente no atual cenário brasileiro, visto que o tecido social sofre com altas taxas de feminicídio no país. A partir de uma análise desse impasse, percebe-se que ele está vinculado não só ao legado histórico como também à falha no sistema educacional. Sob esse viés, é imperioso destacar a herança deixada por nossos ancestrais como impulsionadora da problemática. Nessa perspectiva, segundo Francis Bacon, renomado filósofo inglês, o comportamento humano é contagioso, tornando-se enraizado à medida em que se reproduz. Nessa ótica, constata-se que a mentalidade arcaica de que a mulher é inferior ao homem e deve ser submetida a tratamentos agressivos se propagou entre as gerações, uma vez que em residências que há um histórico de feminicídio e agreções contra o público feminino há também crianças e adolescentes que, consequentemente, repetirão tal comportamento comun em sua casa, posto que a família é o principal meio formador de caráter das pessoas. Desse modo, o elevado número de assassinato de mulheres no país é consequência direta das raízes históricas implantadas na sociedade. Outrossim, vale também ressaltar a falha no ambiente escolar e sua notável relação com as altas taxas de feminicídio. Diante desse cenário, Paulo Freire, importante educador brasileiro, defende uma educação crítica, que forme seres pensantes, com capacidade de reflexão, ou seja, verdadeiros cidadãos. Entretanto, grande parte das escolas hodiernas vão de encontro com a ideia exposta, haja vista que dão ênfase no ensinamento técnico-científico e negligenciam problemas sociais, como a violência contra o gênero feminino. Dessa forma, as crianças se desenvolverão com uma carência informacional e sem saber lidar com o revés, por isso, os menores ao se tornarem adultos e presenciarem agreções contra mulheres se submeterão a tal prática, pois a sua mentalidade crítica não foi impulsionada pela escola. Portanto, medidas são necessárias para mitigar as altas taxas de feminicídio no Brasil. Logo, a mídia, grande difusora de informação e principal veículo formador de opinião, deve, com urgência, divulgar campanhas publicitárias, de caráter informativo e conscientizador, por meio de canais abertos de televisão, a fim de incentivar os familiares a prestar queixa da violência, antes de se consolidar feminicídio. Paralelamente, as escolas têm que desenvolver palestras educativas com o intuito de formar cidadãos cientes do problema e aptos a denunciarem. Assim, o sentimento de desconforto expresso por Edvard Munch em sua obra terá menor intensidade na Nação brasileira.
Ver redaçãoNa comédia “Eu não sou um homem fácil”, da Netflix, o protagonista Demian tem sua vida invertida ao acordar em uma realidade paralela matriarcal. Na trama, os papéis são trocados e assim Demian passa a sofrer os constantes desafios vividos pelas mulheres do mundo real. Fora da ficção, é fato que a sociedade feminina atual também gostaria de inverter os papéis, isto é, para romper estereótipos e estigmas, os quais têm atuado como propulsores das altas taxas de feminicídio no Brasil. Diante disso, torna-se imperioso destacar o machismo estrutural e a cultura do silenciamento como principais causas do embate, o que demanda ação pontual. Nessa perspectiva, vale ressaltar que o coletivo tupiniquim é marcado pelo machismo, o qual vê o homem como superior às mulheres, o que, por vezes, se torna uma espécie de “justificativa” para a violência e homicídio praticados. Acerca disso, o portal de notícias G1 divulgou recentemente o caso de uma mulher que foi morta a tiros pelo ex-companheiro na porta de sua casa. No entanto, infelizmente, casos como o mencionado tornaram-se cotidianos na sociedade, em virtude da objetificação feminina - na qual os homens se vêem como “donos” dessas - e do machismo enraizado e perpetuado na nação. Como efeito, tal parcela é acometida de ameaças, perseguições e agressões, em razão do término ou da tentativa de rompimento, além do desenvolvimento de transtornos e doenças. Logo, tem-se a estagnação social e o sentimento de impunidade, já que no caso de existir medidas protetivas, há ainda a transgressão, gerando insegurança e medo. Somado a isso, observa-se que a cultura do silenciamento entre as vítimas também é fator agravante da questão. Nesse contexto, faz-se medular o discurso da filósofa Hannah Arendt, a qual afirma que no cenário atual o mal se tornou banal entre os indivíduos. Sendo assim, tal banalidade junto ao silêncio feminino atuam como combustíveis para a persistência e expansão do feminicídio. Para mais, as mulheres se calam, sobretudo, devido ao medo ou pela manipulação executada pelo criminoso, o que não ocorre apenas em relacionamentos amorosos, mas nas relações sociais como um todo. Consequentemente, existe a permanência das vítimas nos relacionamentos - sob condições de violência física e psicológica - e a normalização desses comportamentos. De modo sumário, é certo dizer que são necessárias medidas interventivas com relação às altas taxas de feminicídio no país. Para tanto, cabe ao Estado, em razão de seu poderio de influência nacional, realizar, por meio do Ministério da Educação (MEC), a inserção de pautas sociais de equidade de gênero no currículo escolar básico, com o objetivo de romper estereótipos e estigmas machistas perpetuados, o que minimizará, a longo prazo, as taxas de feminicídio. Ademais, caberá também ao governo utilizar os veículos midiáticos, por intermédio de propagandas publicitárias em plataformas de vasto acesso, visando quebrar o ciclo da cultura do silêncio, o que trará justiça às vítimas. Desse modo, não será necessária uma realidade paralela fictícia para que as mulheres sejam respeitadas e compreendidas.
Ver redaçãoA Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo (6°), o direito a segurança como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase, na prática, quando se observa as altas taxas de feminicídio no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão valioso. Diante dessa perspectiva, faz-se imprecisa a análise dos fatores que favorecem esse quadro. Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o feminicídio. Nesse sentido, o estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostre que entre 2005 e 2015, houve um aumento de 7,5% na taxa de homicídio de mulheres no Brasil. Essa conjuntura, seguindo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a segurança, o que infelizmente é evidente no país. Ademais, é fundamental apontar a desigualdade de gênero e o racismo como impulsionador do feminicídio no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos, no texto “As cidadanias mutiladas”, a democracia só é efetiva quando atinge a totalidade do corpo social, ou seja, na medida em que os direitos são universais e desfrutados por todos os cidadãos. Diante de tal exposto, 65,3% das mulheres assassinadas no Brasil no último ano eram negras, segundo os dados do Ipea. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar. Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o governo, por intermédio do Código Penal, faça com que a Lei 13.140 seja executada de maneira correta, a fim de penalizar os homens que cometem esse crime. Assim, fará com que o artigo (6°) da Constituição exerça sua função de garantir que todo cidadão brasileiro tenha segurança.
Ver redaçãoNo livro Iracema, de José de Alencar, relata-se a história de amor entre uma indígena e um europeu, que, apesar do belíssimo romance entre ambos, resulta em tragédias sociais e pessoais, além de retratar o processo de miscigenação brasileiro. Fora com contexto fictício, sabe-se que a raiz da população do Brasil realmente permeia os costumes e as terras indígenas, as quais têm sido historicamente devastadas pela imposição de valores e pela economia agrícola. Logo, faz-se profícuo observar aspectos ambientais e culturais acerca da questão em voga. Diante desse cenário, é importante ressaltar que o método de colonização exploratório usado pelos portugueses para com o Brasil promoveu, desde o início da Idade Moderna, um alto índice de devastação das terras indígenas. De maneira análoga, hodiernamente, o avanço da “Fronteira Agrícola” em direção à região Norte do país tem não só perpetuado, como também intensificado a destruição de áreas indígenas, fazendo com que estes sejam obrigados a abandonarem a sua região e o seu estilo de vida milenar. Dessa forma, a demarcação de terras surge como uma alternativa para preservar a cultura local e a natureza, impedindo o avanço do agronegócio para tais regiões. Outrossim, as condutas prejudiciais aos indígenas se estendem para além da questão habitacional, englobando até mesmo aspectos culturais. Nessa perspectiva, a devastação dos costumes desse povo se origina a partir de fatos históricos de imposição cultural, a exemplo da atuação Jesuítica, em território nacional no início da colonização, a qual desconstruiu a cultura indígena para expor os dogmas católicos. Em decorrência disso, surgiu a primeira gramática Tupi – escrita pelo Padre José de Anchieta –, tal obra possibilitou o alastramento da dominação cultural por remover as barreiras de comunicação, deixando a cultura indígena altamente fragilizada, o que repercute, atualmente, no débil conhecimento a respeito do estilo de vida dessa parcela populacional da sociedade. Portanto, percebe-se que a cultura indígena e o ambiente natural foram demasiadamente impactados por fatores socioeconômicos, de modo a se tornarem imprescindíveis a tomada de ações eficientes. Para isso, compete ao Ministério do Meio Ambiente, aliado à Funai, promover o aumento das demarcações de áreas indígenas, por meio da expropriação de terras dos grandes fazendeiros – os quais estão suscetíveis a tal ato quando não seguem a função social da terra prevista constitucionalmente –, com vistas à preservação do estilo de vida indígena e da natureza. Dessarte, diante de tais ações, será promovida a recuperação ambiental e cultural, além de evitar tragédias como as vividas na obra Iracema.
Ver redaçãoA Constituição Federal de 1988, documento situado no topo do ordenamento jurídico nacional, assegura aos aborígenes o direito à terra que tradicionalmente ocupam. No entanto, não se observa o cumprimento prático de tal garantia, haja vista, no cenário brasileiro, a precária delimitação de áreas indígenas, a qual gera impactos danosos à cultura dos nativos. Dessa forma, urge analisar a causa principal do problema – a expansão desenfreada do agronegócio, oriundo da omissão governamental – e as consequências dele. Sobre esse contexto, é relevante destacar a negligência estatal como impulsionadora desse óbice no Brasil. A princípio, é importante saber que a Revolução Verde, a qual consistiu na aplicação de técnicas que aumentam a produtividade do campo, teve como resultado a expansão dos latifúndios para as áreas demarcadas pertencentes aos povos autóctones. Sob essa perspectiva, a falta de ações públicas capazes de frear a posse descontrolada de terras pelo agronegócio e a impunidade dos criminosos que não respeitam os pequenos limites já impostos pelo Estado colaboram para a pertinência de impactos destruidores da cultura dos nativos. Assim, é imprescindível que o poder público tome medidas para reverter esse quadro. Além disso, é válido ressaltar as consequências do ineficaz processo de demarcação legal do território dos índios. De acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, a sociedade pode adquirir um caráter patológico, isto é, entrar em um quadro de anomia. Análogo a isso, o desrespeito com os locais reservados à sobrevivência da comunidade aborígene põe o corpo social em um estado de anormalidade, visto que rompe a harmonia dos direitos garantidos pela autoridade do governo. Nesse sentido, o principal resultado da redução dos espaços indígenas é a não preservação dos costumes desses povos, uma vez que, sem as áreas que garantam a sobrevivência deles, a tradição autóctone vai sendo apagada gradativamente da realidade brasileira. Logo, é necessária a aplicação de ações que transformem essa conjuntura. Portanto, é perceptível a relação íntima entre a demarcação de terras e os impactos na cultura aborígene. Desse modo, cabe ao Governo Federal, por meio de um debate amplo nos canais oficiais dos ministérios, desenvolver medidas públicas que, ao mesmo tempo, possam controlar a rápida expansão das frentes agrícolas em direção às áreas indígenas e punir aqueles que desrespeitam os limites de tais espaços, com o intuito de garantir a segurança e a preservação dos povos nativos. Dessa maneira, os índios poderão desfrutar dos direitos garantidos pela Constituição Federal.
Ver redaçãoA população indígena tem uma grande importância dentro da cultura brasileira, porém tal população foi e ainda é um grupo de resistência. Dessa forma, diversas medidas são buscadas para solucionar essa situação problemática e persistente. Logo, é necessário analisar os impactos na cultura indígena e a sua relação com a história de formação do país e assim a necessidade da demarcação das terras dos mesmos no Brasil. Em primeira análise, desde os primórdios da formação do Brasil, a situação dos índios deu-se de forma problemática, e dessa maneira colocando a vida desses em perigo e dificuldades. Tal fato por ser provado, pois desde o início da colonização o contato com doenças desconhecidas e a tentativa de escravizá-los, principalmente pelos Bandeirantes, levaram muitos a morte, além do mais, a intervenção de missões jesuítas, por parte de igreja católica, responsáveis pela tenativa de catequizá-los, acabaram gerando bruscas mudanças na sua cultura e embora já tenha se passado anos, nos dias de hoje, milhares de índios ainda são assassinados e tem suas terras tomadas, tendo como o principal vilão o agronegócio que se expande cada dia mais. Portanto, fica claro que medidas que garantam a segurança e a cultura desse povo são de extrema necessidade, principalmente levando em conta que por serem parte da população brasileira tem seus direitos garantidos na constituição. Em segunda análise, graças a importância que esse povo tem na cultura brasileira e a brusca diminuição da sua população inicial, a demarcação de terras se torna necessária. Tal fato é justificado, porque essa garante um espaço que só será ocupado pelos índios, consequentemente impedindo-os de estar em contato com atividades predatórias que levariam uma diminuição ainda maior da sua população, e com isso garantindo aos mesmos a preservação da sua cultura que também já foi bastante afetada. Dessa forma, há uma forte necessidade do Brasil de garantir que a demarcação de terras indígenas seja respeitada, pois essas já existem, todavia não são seguidas, pelo fato dela ser capaz de solucionar parte dos probelamas desse povo. Em síntese, é necessário que o Governo, por ser o orgão com maior capacidade de gerar mudanças, garanta a sobrevivência e a cultura dos indígenas por meio leis que garantam a demarcação de terras e multas para aqueles que não a respeitarem. Tais medidas, sendo necessárias para que os índios sejma cada vez mais respeitados e vistos como parte da população, vivendo dessa forma em harmonia com todos.
Ver redaçãoO conceito ¨ invisibilidade social ¨, da socióloga Simone de Beauvoir, aborda que alguns grupos são mais valorizados e outros são esquecidos. Analogamente, acontece na sociedade brasileira, visto que os povos nativos do país encontram-se em situação de vulnerabilidade e não contam com apoio a nível nacional. Tal conjuntura se dá devido a ameaça de perda de terras demarcadas e torna necessária a discussão dos malefícios para a identidade da pátria. Em primeira análise, o agronegócio é o maior causador de conflitos por propriedades. Segundo a Constituição Federal, Terras Indígenas são todas aquelas permanentemente habitadas pelos índios. Contudo, com o avanço da fronteira agrícola, as disputas judiciais pelas áreas são cada vez mais frequentes e a morosidade do judiciário torna a questão dispendiosa tanto para os empresários quanto para os nativos. Desse modo, invasões ilegais e conflitos armados - como o caso nas Terras Yanomami que deixou 5 feridos, de acordo o jornal G1 - tornam-se normais, causando prejuízos para ambos os lados. Ademais, os embates territoriais impactam na identidade do país. Parafraseando a jornalista Mayara Benatti, as comunidades tradicionais estão na cultura, na história e, principalmente, no sangue do Brasil. Assim, a marginalização desses povos repercute negativamente na sociedade como um todo, já que foram a base para a existência social vigente e possuem hábitos únicos que necessitam serem preservados em prol da heterogeneidade que compõe a nação. Portanto, é evidente a urgência em erradicar os confrontos nas fronteiras indígenas. É mister que o Ministério da Economia invista maiores verbas na Fundação Nacional do Índio, para a contratação de mais profissionais e compra de tecnologia. Dessa forma, o monitoramento das propriedades seria feito via satélite e drones, facilitando a identificação e a denúncia de infratores da lei. Sendo assim, as reservas e a cultura prosperariam, somando na diversidade brasileira.
Ver redaçãoNa obra "O espírito das Leis", Montesquieu enfatizou que é preciso analisar as relações sociais existentes em um povo para aplicar as diretrizes legais e abonar o progresso coletivo. No entanto, ao observar o preconceito linguístico no Brasil, certifica-se de que a teoria do filósofo diverge da realidade contemporânea, haja vista a persistência de tal preconceito, que é, sobretudo, uma questão elitista. Tal fato impede a ascensão do Estado. Com efeito, é imprescindível enunciar os aspectos socioculturais e a insuficiência legislativa como os pilares fundamentais da chaga. É importante considerar, antes de tudo, o fator grupal, pois, segundo Jurgen Habermas, a razão comunicativa - ou seja, o diálogo - constitui etapa fundamental do desenvolvimento social. Nesse ínterim, a falta de estímulo ao debate a respeito do tema aqui abordado coíbe o poder transformador da deliberação e, consequentemente, ocasiona uma segregação linguística. Ou seja, o cidadão que apresenta um marcador regional, que difere dos marcadores criados pela elite econômica nacional (residente na região sudeste do Brasil) em sua fala, tende a ser estereotipado pelos demais. Logo, esse preconceito também é socioeconômico, como afirma o linguista Marcos Bagno. Dessarte, discorrer criticamente a problemática é o primeiro passo para a consolidação do progresso sociocultural habermaseano. Além disso, merece destaque o quesito constitucional. Assim, conforme o filósofo Jean-Jacques Rousseau, os cidadãos cedem parte da liberdade adquirida na circunstância natural para que o Estado garanta direitos intransigentes. Entretanto, o preconceito linguístico contrasta a concepção do autor na medida em que as leis contra essa discriminação não são aplicadas de forma rigorosa. Isso porque as pessoas que geralmente cometem tal delito, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são pessoas socialmente privilegiadas, por isso possuem mais recursos para contornar a situação e sair de forma impune dela. Dessa forma, ações precisam ser executadas pelas autoridades competentes, com o fito de dirimir o revés. Portanto, entende-se a temática como sendo um obstáculo intrinseco de raízes culturais e legislativas. Por isso, a mídia, em parceria com programas de grande audiência, deve discutir com advogados, cientistas sociais e, principalmente, linguistas, com o objetivo de apresentar uma visão crítica e orientar os espectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá por meio da elaboração de um projeto estatal, em parceria com o Ministério das Comunicações. Em adição, o Ministério Público deve reforçar as punições para quem comete o ato preconceituoso em questão, para não propagar a impunidade. Desse modo, a sociedade brasileira terá o progresso social concretizado, como enfatizou Montesquieu.
Ver redaçãoDurante o processo de Colonização do Brasil, os europeus buscaram mudar radicalmente características culturais dos povos nativos de diversas formas, como pela catequese e pela escravidão, o que evidencia o etnocentrismo brutal do período. Hodiernamente, a persistência da intolerância para com outras culturas é uma realidade nacional, manifestando-se, dentre outras formas, pelo preconceito linguístico, desencadeado tanto pelos preconceitos internalizados pela população quanto pelo desconhecimento sobre a dinâmica de uma língua. Inicialmente, é importante destacar que, de acordo com o físico Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Considerando a conjuntura atual da nação, pode-se afirmar que o pensamento do intelectual é extremamente perspicaz, pois grupos que compartilham de ideias opressoras, como a homofobia, a xenofobia e a depreciação por condições socioeconômicas, tendem a tornarem-se cada vez mais radicais, expressando-se através da repressão violenta das particularidades das minorias, como o modo de falar. Nesse contexto de absurdos, pode-se destacar a figura do presidente Jair Bolsonaro que, em 2018, criticou ferozmente a elaboração da prova do ENEM pela abordagem do pajubá, dialeto utilizado por alguns LGBTQIA+, alegando ser algo inapropriado, o que comprova a validade da afirmação de Einstein. Diante disso, observa-se que as ideologias repressoras vigentes no território nacional intensificam a intolerância para com manifestações orais distintas. Além disso, faz-se relevante salientar que, segundo o geógrafo Milton Santos, as diferenças regionais brasileiras são tamanhas que o Brasil parece ser formado por vários outros "Brasis". Analisando esse cenário de disparidades, é natural que um idioma também sofra modificações com o passar do tempo e com a variação da localidade, sendo essa uma característica que faz do Português uma língua viva. No entanto, a ausência de um conhecimento sobre a tendência de mudanças no código oral por parte dos brasileiros é alarmante, servindo, erroneamente, como justificativa para discriminação e violência. Logo, evidencia-se que a ignorância sobre o processo de variação idiomática potencializa ações discriminatórias por traços de oralidades. Depreende-se, portanto, que o preconceito linguístico é uma problemática nacional que precisa de elucidação. Em um primeiro momento, é imprescindível que conglomerados midiáticos, em parceria com sociólogos e personalidades de diversas regiões do país, abordem a gravidade da discriminação por conta de característica orais, por meio de vídeos que expliquem como identificar e combater essa atitude, além de mostrar depoimentos de vítimas. Assim, o público saberá como evitar essas ações discriminatórias. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação, contando com o auxílio de linguistas e de professores de Português, fomente a valorização da variação linguística observada no Brasil, por intermédio da promoção, em escolas e universidades, de eventos trimestrais que exponham as singularidades da Língua Portuguesa e da distribuição de materiais que discutam a variação no espaço urbano. Dessa forma, os estudantes entenderão a naturalidade e os benefícios da diversidade oral nacional.
Ver redaçãoNo seriado brasileiro “ Carrossel”, a personagem “Graça” é originária de Recife mas habita na capital paulistana e, por conta de sua origem nordestina, sofre insultos verbais, os quais causaram danos à saúde mental da mesma. Fora da ficção, esta é a realidade de uma grande parcela de indivíduos, no Brasil, que são, preconceituosamente, agredidos por razão de sua língua e dialética. Neste âmbito, a falta de um caráter estabelecido e o alcance das redes sociais para disseminar tal preconceito são os principais motivos para o preconceito linguístico ocorrer no Brasil. De maneira inicial, é possível verificar que os casos de preconceito linguístico, no país, aumentam, de maneira acentuada, ano após ano. Segundo o noticiário “BBC Portuguese”, o aumento nas ocorrências de tal preconceito, no Brasil, se agravou em 2010 por conta da baixa verba federal conduzida para o quesito familiar, o que comprometeu tal quesito, além do mais, o mesmo noticiário ressalva que um caráter estabilizado é imprescindível para uma relação sociocultural ocorrer. Por isso, a falta de um caráter, devidamente, firmado é um fator que propicia os casos de preconceito linguístico no país. Em segundo plano, nota-se que a internet, com auxílio das redes sociais, é um meio que possibilita propagar, anonimamente, qualquer tipo de preconceito, inclusive o linguístico. De acordo com o Jornal “OGLOBO”, os ataques cibernéticos com objetivo de agredir, por meio de ações preconceituosas perante a língua, aumentou cerca de 57% desde 2014 com a disseminação intensa das redes sociais no país, ou seja, a internet é “responsável” por grande parte dos casos de preconceito linguístico. Logo, o alcance das redes sociais facilita a ocorrência de tal problema no país. Diante disso, é necessário combater, urgentemente, os indivíduos que praticam o preconceito linguístico. Portanto, cabe ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Cidadania investigar e punir, por artifício de fiscalizadores nacionais e por profissionais do setor demográfico, possíveis cidadãos que praticam, de maneira física ou virtual, o preconceito linguístico, tendo como objetivo encerrar com tal prática no Brasil. Além disso, é necessário conduzir parte da verba federal para a criação de clínicas psicológicas a fim de auxiliar as vítimas deste preconceito. Somente assim, casos como de “Graça” não ocorrerão.
Ver redaçãoO poema modernista "Pronominais", de Oswald de Andrade, é um retrato de um grave problema no Brasil: o preconceito linguístico. Ao discutir o contraste entre a fala popular "me dá um cigarro" e a forma gramaticalmente correta "dê-me", o poeta explicita o perigoso potencial de exclusão e dominação que pode ser atribuído à linguagem quando classificada qualitativamente. Esse fato é inconcebível em um país heterogêneo e multicultural como o Brasil, exigindo o debate e a proposição de soluções. A princípio, é mister ressaltar a variedade de dialetos como algo extremamente positivo e não hierarquizável. Nesse sentido, conforme apontado pelo sociólogo culturalista Fraz Boas, as particularidades de cada cultura são a base para o conhecimento e evolução integral da humanidade. Sob esse viés, qualquer tentativa de diminuição de algum modo de expressão como "errado" ou "aculturado" constitui uma falácia excludente que contribui para a baixa autoestima e sentimento de inferioridade de diversas classes. Essa falácia, entretanto, transcende o plano da exclusão e do preconceito: ela também estrutura a dominação e a desigualdade. Nesse contexto, destaca-se o conceito de "dominação simbólica", cunhado pelo filósofo Pierre Bordieu, segundo o qual pequenos privilégios - como o acesso à cultura erudita, educação formal e à norma gramatical culta, por exemplo - perpetuam o poder de poucos em detrimento da miséria e alienação de muitos. Esse cenário acentua ainda mais a já colossal lacuna social e econômica existente no mundo hodierno. Portanto, a aceitação dos vários modos de falar é urgente no Brasil. A fim de se aproximar de tal realidade, é necessária a discussão do tema desde a educação básica, por meio de palestras e pela apresentação de conteúdos inclusivos das mais diversas variedades dialéticas nos materiais didáticos, no intuito de se instruir contra a discriminação linguística. Essa atitude governamental, em parceria com uma atitude positiva da sociedade, tem potencial para concretizar o projeto modernista de democratização da língua.
Ver redaçãoNa saga “Harry Potter”, a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts disponibiliza, aos alunos, banquetes com os mais diversos tipos de alimentos. De maneira análoga à ficção, no Brasil hodierno, as escolas tanto particulares, quanto públicas, ofertam merenda para os estudantes, seja pela venda ou doação, entretanto, essa prática enfrenta sérios desafios e gera inúmeros problemas. Nesse sentido, vale analisar a ineficácia governamental e a predominância de alimentos não saudáveis como fatores que agravam essa problemática. Inicialmente, é indiscutível que a alimentação escolar sofre com ineficácias investidas governamentais, ou seja, mesmo que haja investimento nessa área, esse se demonstra insuficiente para mudar a realidade nacional. Assim, essa conjuntura, de acordo com o contratualista John Locke, configura-se como uma quebra do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos gozem de direitos imprescindíveis. Com isso, muitas escolas públicas sofrem com a falta de merenda para os alunos, o que contribui para o aumento da fome dentro do país, uma vez que milhares de estudantes têm, como única refeição do dia, a comida ofertada por essa instituição. Em segunda análise, conforme a teoria Utilitarista de Jeremy Bentham, o objetivo de atingir o bem maior deve ser crucial para nortear as ações humanas. Revés, esse princípio é violado, por meio da falta de uma educação alimentar e nutricional no ambiente escolar. Dessa forma, incontáveis escolas oferecem comidas industrializadas e sem a nutrição adequada para as crianças, como também, não incentivam à introdução de novos alimentos no cardápio, em especial, os saudáveis, resultando no aumento dos casos de obesidade infantil dentro da sociedade brasileira, o que demanda medidas que modifiquem esse contexto. Urge, portanto, diante dos fatos supracitados, a necessidade de mudanças nesse cenário nacional. Logo, cabe às escolas, devido à sua influência na propagação de comportamentos e ideias, estimularem o consumo de alimentos saudáveis, por meio de oficinas educativas, nas quais os alunos aprendam a como comerem e utilizarem essas comidas no seu cotidiano, a fim de melhorar a alimentação das crianças. Além disso, para potencializar tais medidas, o Ministério da Educação deve aumentar os investimentos na compra e envio das merendas. Assim, ressalta-se a relevância de se resolver essa problemática no momento atual, pois, como defendeu Martin Luther King: “toda a hora é hora de fazer o certo”.
Ver redaçãoSegundo a Constituição Federal de 1988, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à alimentação. Nesse contexto, é através do âmbito escolar que esse direito tem sido efetuado para muitos alunos de redes de ensino público. Entretanto, devido à falta de uma boa estrutura para oferecer qualidade nos alimentos prestados e em virtude de questões econômicas, fornecer suprimentos para essa parcela tem sido uma tarefa árdua para muitas escolas. Em primeiro lugar, é importante destacar que o ambiente escolar é um dos primeiros lugares para uma criança adquirir novos hábitos, sendo um deles a alimentação saudável. Sendo assim, faz-se necessária uma boa estrutura para oferecer qualidade nos alimentos prestados aos estudantes. Contudo, essa não é a realidade de muitas escolas brasileiras, visto que muitas unidades não possuem um ambiente adequado de armazenamento com os ingredientes que chegam, principalmente, em locais mais vulneráveis e com pouco investimento na educação. Tal fato, expõe o descaso de poderes governamentais perante a essa problemática. Além disso, vale mencionar que por muitas vezes a merenda escolar é a única fonte de alimentação dos alunos no dia, uma vez que esses possuem baixa renda. Dito isso, é notório que a desigualdade social, e consequentemente, a fome e pobreza, é uma realidade vivida por milhares de pessoas no território nacional. Dessa maneira, a citação do sociólogo brasileiro Florestan Fernandes é invalidada, pois segundo este para a sociedade progredir moralmente, é preciso superar as desigualdades. É evidente, portanto, que medidas são necessárias para alterar esse cenário. Desse modo, cabe ao Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, promoverem a fiscalização em todas as unidades escolares do país, por meio de um projeto que contrate fiscais qualificados, com o objetivo de esses verificarem se as escolas estão recebendo a quantia de alimentos necessários para cada aluno, e também se tudo esta sendo armazenado da maneira correta, para que assim seja possível averiguar se as instituições de ensino estão oferecendo as melhores condições alimentícias para os estudantes. Com isso, futuramente, o ambiente escolar contribuirá de maneira mais eficaz nos bons hábitos alimentares da população infanto-juvenil.
Ver redaçãoUma dieta balanceada, desde a infância, é o princípio fundamental para o bom desenvolvimento do indivíduo. No entanto, no Brasil, a alimentação escolar é uma questão que enfrenta vários obstáculos. Nesse sentido, esses desafios decorrem principalmente da desigualdade social e da falta de investimentos adequados no setor educacional. Em primeira análise, é importante ressaltar que o principal entrave para o acesso da população brasileira à uma alimentação de qualidade é a desigualdade econômica. Nessa lógica, a Revolução Verde tinha como objetivo aumentar a produção agrícola para suprir a necessidade alimentar mundial. Entretanto, para além da oferta de produtos, a principal problemática, ligada à fome, está relacionada ao poder de aquisição dos alimentos. Dessa forma, no Brasil, muitos estudantes, de baixa condição socioeconômica, têm a necessidade de ir à escola para conseguir ter acesso a uma boa alimentação. Assim sendo, compreende-se a influência da questão financeira na qualidade de vida do cidadão. Ademais, a escassez de recursos financeiros, destinados às instituições de ensino, compromete a alimentação dos alunos. Durante o governo Eurico Gaspar Dutra, um dos setores beneficiados pelo Plano SALTE era o da alimentação. Porém, ainda hoje, os investimentos públicos nessa esfera são insuficientes, o que afeta a disponibilidade de alimentos para a composição das refeições escolares e, consequentemente, a nutrição dos estudantes. Desse modo, a má gestão financeira do dinheiro público resulta no comprometimento da promoção da saúde no ambiente escolar. Portanto, fica evidente que a mudança desse panorama depende da melhoria das políticas públicas. Ao Ministério da Educação - órgão responsável por todo o sistema educacional brasileiro - cabe implementar uma dieta mais nutritiva nas escolas, por meio de um cardápio mais balanceado, formulado por nutricionistas, a fim de propiciar refeições nutritivas para os discentes. Ao Governo, cabe aumentar a verba destinada às escolas, por intermédio da destinação de uma maior parte dos impostos para as instituições de ensino, com o intuito de financiar esses projetos. Só assim, será possível vencer os empecilhos da alimentação escolar no Brasil.
Ver redaçãoA Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º, o direito à alimentação como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática, quando se observa os desafios da alimentação escolar no Brasil, dificultando, dessa forma, a universalização desse direito social tão importante. Nesse sentido, percebe-se um grave erro de contornos específicos que emerge, devido à negligência governamental e à influência midiática. Desse modo, em primeira análise, a omissão governamental é um desafio presente no problema. A obra "o cidadão de papel", de Gilberto Dimenstein, aborda a ideia de que as normas, presentes nos documentos nacionais, nem sempre são cumpridas. Sob esse mesmo ponto de vista, deve-se enfatizar a ausência na fiscalização de leis vigentes, os quais asseguram que todos os alunos recebam de suas escolas, alimentos ricos em nutrientes, com o intuito de diminuir a fome e auxiliar na melhora da saúde dos estudantes. Assim, é preciso visar o bem-estar dos infanto-juvenis nas escolas. Em paralelo, a influência midiática é um entrave no que tange ao problema. Para a cartunista brasileira, Marta Medeiros, o homem só silencia aquilo que não quer que venha a tona. Por analogia, os grandes perfis do Instagram devem usar esses privilégios para propagar assuntos necessários, como a alimentação escolar, com o propósito de alcançar mais pessoas que possam ajudar com a doação de cestas básicas e conscientizá-las sobre esse assunto, que quase não é debatido. Assim, é preciso suscitar a ação individual na construção de uma sociedade desejada. Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. É imprescindível que o Governo, órgão público que garante os direitos civis, precisa criar projetos sociais, por intermédio de verbas públicas, para que todos os alunos do Brasil desfrutem de alimentos fartos e bem nutritivos. Além disso, a mídia de massa deve criar um programa, através de entrevistas com especialistas no assunto, para atualizar a mentalidade social acerca das dificuldades da alimentação no âmbito escolar. Assim, se tornará possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na Magna Carta.
Ver redaçãoFrancis Bacon, ao afirmar que "conhecimento é poder", se referia à facilidade em dominar pessoas quando se possui informação. Nessa perspectiva, observa-se que o controle de dados na internet é a chave para manipular o comportamento do usuário na sociedade brasileira atual. Assim, é preciso analisar o funcionamento dos algoritmos que captam e usam os dados, além da alienação causada na vida dos cidadãos. A princípio, é imperioso lembrar da realidade distópica de "1984", na qual o "Ministério da verdade" era responsável por censurar as notícias e modificar até mesmo os fatos históricos. Nesse sentido, é similar à utilização dos algoritmos atuais que pegam todos os dados necessários para formar o perfil do usuário, com base no conteúdo consumido. Dessa forma, o algoritmo apresenta ao indivíduo apenas o que convém, para que ele continue consumindo uma informação estratégica, assim como fazia o "Ministério da verdade". Ademais, é importante ressaltar a série televisiva"Black Mirror",na qual o comportamento mais simples dos personagens são controlados por computadores, presentes em toda parte. Nesse viés, o usuário tem a sensação de que está no controle de sua vida, quando o fato é que está em uma pequena bolha gerada pelos algoritmos e têm isso refletido em seus comportamentos. Desse modo, o indivíduo é frequentemente tentado a comprar, pensar ou fazer algo que viu nas redes sociais, como é mostrado em "Black Mirror". Portanto, é necessário reverter o preocupante cenário atual. Urge que o Governo Federal crie campanhas publicitárias de modo que conscientize a população sobre o funcionamento dos algoritmos na internet, por meio da divulgação nas redes sociais. Tais campanhas deverão ser elaboradas de forma descontraída para chamar atenção e orientar os cidadãos, com o auxílio de fotos e vídeos curtos que também deverão ser direcionadas para todos os usuários independente da rede social. Somente assim, será possível utilizar o poder do conhecimento para evitar a manipulação do usuário por meio do controle de dados na internet.
Ver redaçãoSegundo Marlon Brando, " privacidade não é algo que se mereça, é um requisito absoluto. Porém, esse conceito se aplica as redes sociais? Nota- se que no cenário atual, as redes sociais estão cada vez mais acessíveis e presentes no cotidiano social. Um levantamento divulgado, em 2018, aponta que sete a cada dez brasileiros estão conectados à rede Observa- se porém, que o uso da ampla tecnologia traz consigo inúmeros problemas. Um deles é a invasão aos dados pessoais dos usuários. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa F-Securte, cerca de 86% dos brasileiros se preocupam com os dados pessoais em sites de relacionamento e 43% consideram que estão "perdendo o controle" das informações compartilhadas. O compartilhamento de informações pessoais não é prejudiciprejudicial apenas financeiramente, também pode comprometer à saúde mental dos usuários. Diante disso, se faz necessário a aplicação de medidas para o combate a invasão digital e a segurança dos dados dos usuários. A inclusão de cursos midiáticos e a utilização de campanhas informativas pelo Governo à população . A fim de combater a violação do direito à privacidade.
Ver redaçãoA erradicação de doenças compreende a redução de casos à zero e essa situação é devido às medidas profiláticas, como as vacinas. Atualmente, várias doenças já sofreram esse processo de atenuação, sendo a varíola o exemplo de erradicação total. Todavia, algumas das patologias controladas podem ser reintroduzidas na sociedade a qualquer momento. Posto isso, observam-se os propulsores desse cenário: de um lado, o movimento negacionista; de outro, o desconhecimento da seriedade deste tópico. Em primeira análise, a ascensão dos grupos negacionistas científicos prolongando a temática. Nesse norte, nota-se a forte influência do movimento antivacinas no retorno de doenças já controladas e isso se dá pelo decrescimento da população imunizada contra tais vírus, como por exemplo, o sarampo. De acordo com dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz, de janeiro a maio de 2021 foram confirmados, aproximadamente, 460 casos de sarampo. Além disso, é válido ratificar que essa associação de pessoas desacreditadas em relação à eficácia e ao benefício desse tipo de profilaxia, indubitavelmente, encaixam-se na descrição feita pela filósofa alemã, Hannah Arendt, daquilo que seria a banalização do mal, uma vez que a vacinação representa uma seguridade em relação aos problemas de saúde já superados e deixar de contribuir para esse cenário positivo, eles colocam em risco toda a sociedade. Infere-se, assim, o direcionamento dos holofotes à causa. Outrossim, torna-se fulcral compreender a gravidade da problemática do retorno de doenças erradicadas. Nesse cenário, não se pode afirmar que os avanços biomédicos são o suficiente para manter a população segura, devido ao fato dos vírus ou bactérias causadores de infecções terem se adaptado aos tratamentos existentes. Desse modo, compreende-se que tal situação somada à população não imunizada, resultará em um panorama grave para a saúde pública mundial. Por conseguinte, destaca-se a imprescindibilidade de cuidados com a higiene pessoal e quanto ao contato com pessoas doentes, uma vez que tais práticas dificultam a entrada desses agentes infecciosos no organismo saudável. Logo, urge a capilarização de informações fidedignas aos fatos científicos para a população. Sendo assim, ações interventivas precisam ser adotadas a partir do Poder Legislativo e do Ministério da Educação. Portanto, cabe ao primeiro agente em sinergia ao Ministério da Saúde e aos agentes de segurança pública elaborar um plano para conter a divulgação de falácias em relação às vacinas, por meio das secretarias de saúde e da polícia civil, já que estão mais próximas da população, a fim de mitigar a problemática do movimento antivacina. Paralelo a isso, compete ao segundo em parceria aos órgãos da saúde o desenvolvimento de uma disciplina para o currículo básico que discuta esses tópicos, por intermédio das instituições de ensino, para que se construa o hábito de buscar informações reais sobre aquilo que funciona como medidas preventivas. Sob tal prisma, o retorno de doenças erradicadas será minimizado.
Ver redaçãoNa obra “Utopia”, escrita por Thomas More, é retratada uma sociedade ideal e padronizada pela ausência de adversidades. Diferentemente do que se é exposto no livro, percebe-se, evidentemente, que na contemporaneidade existe uma situação de recorrência do reaparecimento das doenças erradicadas. Salienta-se, então, que esse cenário antagônico é fruto do tanto da falta de medidas preventivas para saúde quanto da propagação de fake News acerca da eficiência das vacinas e de seus impactos na saúde. Nesse contexto, torna-se fundamental a superação desses desafios a fim do pleno funcionamento íntegro da coletividade. Em primeira instância, entende-se que, de acordo com Norberto Bobbio, filósofo italiano, a dignidade é uma virtude que pertence ao ser humano, logo, o direito à saúde deve ser ofertado por parte do Estado. Porém, é incontestável que o poder público se faz ausente como responsável pelos direitos fundamentais, uma vez que não concede ações voltadas à implementação de políticas públicas voltadas para ampliação do saneamento básico e da coleta seletiva dos lixões em regiões deficitárias, que suscita, por conseguinte, a disseminação de focos de transmissão de doenças como: Sarampo, Malária, Dengue entre outras. Portanto, é visível a inobservância governamental para sanar essa problemática. Além disso, vale ressaltar que, de acordo com o filósofo Michael Foucault, em a “Microfísica do Poder”, as diferentes instituições sociais exercem uma relação de dominação para com o indivíduo. Sob essa análise, é notável a influência das redes sociais na divulgação de notícias falsas sobre questões de saúde pública que tem como consequência o retorno de doenças antes erradicadas. Uma vez que tais notícias estimulam a não vacinação da população, além da adoção de medidas pouco eficazes na prevenção de recorrentes patologias. Nesse sentido, esse infortúnio é legitimado pela omissão de agentes ligados ao Ministério da Saúde e à Polícia Federal, capazes de avaliar a veracidade dessas informações repassadas nas redes. Dessa forma, medidas são necessárias para conter o avanço do reaparecimento das doenças erradicadas. Primeiramente, cabe ao Poder Legislativo, por meio de debates entre congressistas, discutir que a melhor maneira de garantir o bem-estar social, é aumentar o investimento em políticas públicas nas áreas de saneamento básico e coleta de lixo, com a finalidade preventiva de evitar o alastramento de tais doenças. Além disso, cabe ao Poder Executivo, junto ao TSE, propor um projeto de emenda constitucional, que é importante para avanços da legislação que amplie o poder da Polícia Federal na investigação da disseminação de fake News, com o objetivo de combater os impactos que tais notícias têm no ressurgimento de diversas doenças. Assim, o Brasil se tornará mais justo e coeso, aproximando-se de uma realidade que vai de encontro com a que foi idealizada por More.
Ver redaçãoO sociólogo Zygmunt Bauman afirma que algumas instituições, na era pós-moderna, configuram-se como “zumbis”. Dentro dessa lógica, tais instituições perderam suas respectivas funções sociais, porém, tentam manter-se a qualquer custo. De maneira análoga, é possível observar que o Ministério da Saúde acaba por falhar perante a saúde pública uma vez que é incapaz de evitar o ressurgimento de doenças já erradicadas. Nesse sentido, deve-se analisar como a negligência estatal e a deslegitimação das vacinas pela sociedade contribuem para o retorno de mazelas já controladas. Em primeiro plano, é inquestionável que a indiligência estatal com a saúde pública brasileira colabora para o aumento de casos de doenças já erradicadas. Conforme a Constituição Federal de 1988, o acesso à saúde de qualidade é um direito de todos os brasileiros, porém, a realidade brasileira demonstra uma incapacidade governamental em assegurar esse direito. Sob essa análise, as condições precárias dos postos de saúde brasileiros exemplificam essa incapacidade, pois, esses postos não têm recursos, como vacinas e profissionais de saúde, para atender a população e, consequentemente, o povo brasileiro fica exposto a diversas doenças já erradicadas como varíola, sarampo, rubéola, entre outras. Assim, pode-se afirmar que a improficiência do Estado contribui para perpetuar a problemática profilática brasileira. Além disso, vale ressaltar como o descrédito da ciência pela sociedade dificulta as ações preventivas já existentes. Durante o governo de Rodrigues Alves, no século XIX, eclodiu uma revolta popular contra a vacinação obrigatória imposta a fim de prevenir a varíola, doença que assolava a sociedade naquela época. Transpassado o contexto histórico, o movimento antivacina contemporâneo se assemelha a essa revolta, pois, os adeptos a esse movimento recusam a necessidade das vacinas para o bem estar social, partindo da premissa de que a vacinação faz mal. Entretanto, não há nenhuma prova de que a vacina faça mal à saúde, o que torna esse movimento inválido e perigoso, uma vez que os casos de doenças que podem ser prevenidas vêm crescendo cada vez mais, o que ameaça a segurança de todos os brasileiros. Assim, é necessário que o povo brasileiro estimule seu pensamento crítico, de forma a reconhecer a importância das vacinas, uma vez que essas são essenciais no controle de doenças. Em suma, faz-se necessária a ação do Estado e dos indivíduos brasileiros a fim de evitar o ressurgimento de doenças em território nacional. Para tal, o Governo brasileiro, personificado no Ministério da Saúde - órgão responsável pela gestão do SUS (Sistema Unificado de Saúde) - deve proporcionar um maior contingente de verbas às instituições públicas de saúde, de forma que essas possam adquirir vacinas, remédios e novos equipamentos, além de construir novos postos de vacinação, para que o sistema público seja capaz de atender a toda população brasileira. Ademais, cabe à população policiar-se em relação as suas crenças, pois essas prejudicam a segurança de outras pessoas, uma vez que impedem o acesso dessas a saúde. Espera-se com isso, que o Ministério da Saúde não seja mais uma instituição “zumbi” e, que o bem estar nacional não seja ameaçado pelo retorno de enfermidades já controladas.
Ver redaçãoBrás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, fala em suas "Memórias Póstumas que não teria filhos, a fim de não transmitir nenhum legado da miséria humana. Consoante a isso, a negligência da população e a precariedade estrutural na área da saúde enquadram-se no conjunto de "misérias da humanidade", uma vez que se constituem em obstáculos da sociedade a serem superados para combater o retorno de doenças erradicadas no Brasil. Nesse sentido, é necessário discutir os aspectos sociais e políticos da questão, em prol do bem-estar coletivo. Em uma primeira análise, vale ressaltar que a ignorância histórica por parte majoritária da população contribui para o retorno dessas enfermidades. À exemplo disso, em 1904, a Revolta da Vacina foi marcada pela resistência à campanha de vacinação anti-varíola devido ao desconhecimento dos cidadãos em relação à temática. De forma análoga, hodiernamente, muitas pessoas, influenciadas por pesquisas fraudulentas, disseminam pensamentos contrários à esse método de imunização, comprometendo não somente a higidez física desse grupo como também todo o corpo social. Dessa forma, é fundamental o combate a essa mentalidade, visto que vai de encontro à possibilidade de contenção das doenças. Ademais, a precariedade do Sistema Único de Saúde(SUS), evidencia o descaso governamenal no setor. Sob esse viés, a série televisiva "Sob pressão" destaca a realidade de médicos integrantes dos hospitais públicos brasileiros, que presenciam a sobrecarga e desestruração do sistema incapaz de atender as demandas da população. Fora da ficção, observa-se essa debilidade nos consultórios médicos comunitários por meio da falta de equipamentos adequados para suprir às conjunturas enfrentadas pela população, aumentando, novamente, a probabilidade da volta de patologias. Desse modo, é necessária a alteração dessas condutas a fim de evitar um agravamento do quadro vigente. Portanto, diante dos fatos supracitados, atitudes são necessárias para resolver a problemática. Por conseguinte, cabe ao Tribunal de Contas da União(TCU) enviar verbas ao Ministério da Educação( MEC) e ao Ministério da Saúde, as quais serão convertidas em campanhas publicitárias, palestras e oficinas, que por meio de lives nas redes sociais e da distribuição de cartilhas irão elucidar a importância da vacinação, bem como acabar com suposições errôneas sobre a questão. Além disso, é fulcral que o Poder Executivo Federal destine uma maior parte da arrecadação às Unidades Básicas de Saúde(UBS), no intuíto de reabastecer os hospitais, para que situações, como a da série, não se repitam em território nacional.
Ver redaçãoNa sociedade moderna inúmeras crianças são adotadas ou criadas por parentes, como o caso de Isaac Newton que foi criado pelos avós. Entretanto, no Brasil, infelizmente ainda existem preconceitos sobre as novas definições de família, configurando um enorme desafio, o qual ocorre devido à dificuldade de adoção por homossexuais e a uma sociedade baseada em paradigmas. Posto isso, é premente a análise e resolução desses empecilhos para uma ampla definição de laços familiares. Em primeira análise, cabe ressaltar o atrito em que as pessoas de grupos LGBT's encontram em adotar crianças como fomentador do não reconhecimento de outras formas de famílias. Dessa maneira, segundo o físico Albert Einstein, "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Nesse sentido, fica nítido como um preconceito é difícil de ser combatido, visto que pensamentos medievais fortalecem a ideia de que essas pessoas não conseguem cuidar de crianças, por não seguirem o padrão familiar. Além disso, é válido afirmar que padrões estabelecidos pela sociedade corroboram a problemática. Desse modo, segundo o escritor Gilberto Dimenstein, na obra "Cidadão de Papel", os direitos mesmos garantidos constitucionalmente, muitas vezes, não saem do papel. Nessa perspectiva, o direito a um lar não é cumprido pela Constituição de 1988, uma vez que tudo aquilo que foge do conceito de pai e mãe, sofre retaliações e julgamentos pela sociedade, destruindo a esperança de milhares de pessoas em construir uma família. Destarte, é fulcral a reversão desse quadro. Portanto, são necessárias medidas para uma maior aceitação das novas configurações familiares. Logo, o Ministério da Cidadania deve facilitar a adoção de menores por pessoas do grupo LGBT, por meio de uma parceria com a mídia serão divulgadas informações em horário nobre sobre o período de adoções de menores por esse grupo, onde serão recebidos por assistentes sociais que irão analisar o perfil da possível futura família, buscando desfazer preconceitos contra essa minoria. Ao mesmo tempo, cumpram o direito previsto pela Carta Magna, facilitando uma aceitação das novas definições de família como a de Newton.
Ver redaçãoA série americana "Gilmore Girls" narra a vida de uma mulher que passa a ser julgada, em virtude de sua decisão de construir um núcleo monopariental.De maneira análoga, a perspectiva exposta na cinematografia não se encontra longe do cenário brasileiro contemporâneo, a julgar pelos impasses sofridos pelos novos moldes familiares.Sob esse viés, para a solução dessa heterogeneidade é válido averiguar as suas causas: o descaso governamental e a fragilidade constitucional. Primeiramente, é fulcral salientar que o Immanuel Kant defendia que a educação era imprescendível para a produção do intelecto do ser humano.Contudo, o que fora dito pelo filósofo ficara na teoria, haja vista a displicência do poder Estatal em viabilizar propagandas publicitárias, nos meios midiáticos, que objetivam a desconstrução de esteriótipos que supervalorizam a união entre duas pessoas do sexo oposto, em detrimento às diversas formas de relacionamento.Diante disso,é inegável o desempenho de atos discriminatórios,os quais afetam aqueles que não se encontram no padrão matrimonial, graças à desinformação populacional. Além disso, a presença de preconceitos às diferentes configurações parientais torna-se um agravante da adversidade.Paralelo a isso, o 5º artigo da Constituição de 1988 afirma que todos são iguais perante à lei, sem haver distinção de qualquer natureza.Entretanto, tal máxima não fora efetivada, em razão da existência de prejulgamentos direcionados, especificamente, aos homossexuais.Um acontecimento importante de ressaltar é o caso da empresa "O Boticário" que enfrentara boicotes, nas redes sociais, devido a participação de casais homoafetivos na divulgação de seus produtos.Destarte, urge a necessidade de alterações nas condições atuais,com a intenção de estabelecer um melhor convívio. Portanto, é mister a adoção de medidas que combatam a problemática, como a atuação do Ministério da Educação em organizar, por meio de verbas governamentais, palestras públicas e gratuitas, para que todos tenham acesso, ministradas por professores de sociologia, responsáveis por debaterem a respeito das inúmeras conciliações amorosas visando tanto formar cidadãos conscientes das novas diversificações familiares quanto para colocar em ação o que fora estipulado pela Carta Magna de 1988.
Ver redaçãoNa série televisa Red Band Society, é retratada a história de Kara, uma jovem popular que, após ser internada no hospital, esconde de todos que mora com suas duas mães, uma biológica e, a outra, sua antiga babá. Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada pelo longa pode ser relacionada a atual configuração familiar no século XXI. Gradativamente, aumenta o número de diferentes organizações familiares, que, infelizmente, sofrem com o preconceito e com a desinformação. Em primeiro lugar, é importante destacar que, muitas pessoas ainda acreditam que existe uma família tradicional brasileira, formada por pai, mãe e filho, e tudo o que não está nesses moldes está errado e deve ser evitado, reprimindo as diferentes organizações com ofensas e xingamentos. De acordo com o filósofo Goethe, não há nada mais assustador que a ignorância em ação, e muitos indivíduos preferem continuar sendo preconceituosos do que aceitar que existem diversas formas de amor e de se construir uma família. Ademais, a escola, muitas vezes, se isenta do papel de ensinar sobre as novas famílias, e já que os alunos não aprendem sobre o assunto, quando pertencem a uma família diferente, se recluem por acreditarem que sua família é errada, e por medo de sofrerem com piadas dos colegas. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1948, defenda a manutenção do respeito entre os povos, o que de fato, não ocorre sempre no país, alertando para a gravidade da situação. Portanto, urge que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. O Ministério da Educação deve, através de palestras nas escolas e campanhas publicitarias nas redes sociais, educar crianças e adultos acerca das mudanças ocorridas nas famílias, desestimulando o preconceito, e formando cidadãos mais conscientes. Somente assim, será possível que todas as famílias brasileiras vivam bem e sem medo e que história de vergonha e reclusão como a de Kara de Red Band Society não ocorram mais.
Ver redaçãoA série “Nada Ortodoxa”, discute sobre um modelo familiar composto por um casal recém casado que convive com a pressão social e religiosa de conceber filhos para tornarem-se uma “família”. Semelhante à ficção, essa configuração enrijecida encontra-se embutida nos valores sócio-culturais do Brasil contemporâneo e cede pouco espaço às novas formações familiares. Dessa forma, é válido analisar em objeto de estudo a relação da família tradicional e a influência do meio urbano na mesma e suas consequências.Primeiramente, Max Weber diz que a família é uma instituição social conduzir e modelar a sociedade. Marcada por uma cultura colonizadora europeia e com influência da Igreja Católica, essa instituição social prevaleceu por séculos e demarcava, como padrão exclusivo, laços familiares realizados apenas por meio do matrimônio religioso. Tal padrão, era o único reconhecido pelo Estado que permitia plenos direitos aos pertencentes desse núcleo e tornava excludente quaisquer outra configuração. Isso favoreceu por muitos anos famílias de alto poder aquisitivo que tinha acesso à plenos direitos legais protegidas pela Igreja junto ao Estado e corroborou com a gentrificação massiva das cidades.Em segundo plano, a urbanização tornou-se um co-fator para novos modelos familiares. Como consequência da exclusão social causada pelo modelo familiar tradicional, o meio urbano favoreceu a flexibilização dessa concepção. Logo, houve a formação de cortiços, repúblicas, casas com familiares divorciados, amplos índices de adoção nos orfanatos, maiores espaços para casais homoafetivos, casais sem filhos e diversas outras formações que não envolvesse, necessariamente, consanguinidade entre os envolvidos e, promoveu um novo cenário contemporâneo de um mosaico familiar único. Portanto, é necessário que algumas mudanças possam acontecer para favorecer a fluidez dessa nova concepção. A mídia, por meio de música e televisão, pode utilizar a arte ao sensibilizar e envolver essas novas configurações familiares e ensinar sobre o “novo normal”. Também, as escolas podem promover palestras e reuniões familiares para debater sobre o assunto e inserir a criança e o adolescente nas discussões sobre as mudanças sociais envolvidas na formação da família. Espera-se com isso que, valores e comportamentos sejam garantidos para todos e que o preconceito patriarcal seja desmistificado no que tange às famílias brasileiras.
Ver redaçãoA Teoria da Eugenia, cunhada no século XX e utilizada como base do Nazismo, defende o controle social por meio da seleção de aspectos considerados "superiores". De acordo com essa perspectiva, então, haveriam seres humanos melhores, a depender de suas características. No contexto brasileiro atual, a noção eugênica de superioridade pode ser percebida acerca da "camarotização da sociedade brasileira", cuja base é uma marcante discriminação. Nesse contexto, a desigualdade de classes tem como fatores o preconceito enraizado pela sociedade e a má gerência do Estado na distribuição de renda. Logo, é crucial compreender seus efeitos. Nessa perspectiva, é factível postular que a indiferença enraizada na sociedade é determinante na consolidação do problema. De fato, tal conjuntura assemelha-se à reflexão da filósofa Hannah Arendt, em "Banalidade do Mal", na qual disserta sobre o processo de massificação do corpo social, que forma indivíduos incapazes de realizar julgamentos morais, alienando-lhes a aceitar situações opressoras como comuns. Assim, no decorrer dos séculos, o homem ainda compactua de ideologias obsoletas, as quais perpassam a grosso modo diariamente, tornando-se cada vez mais um infortúnio a combater-se. Portanto, conclui-se que é necessária a reformulação dessa visão. Outrossim, é pertinente correlacionar a desigualdade social com a mão do Estado. Nesse viés, consoante o pensamento do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, à medida em que a regência não assegura as reivindicações cidadãs, há o descumprimento do contrato social tecido junto à sociedade. À vista disso, é coerente salientar que o "establishment" foge ao seu compromisso para desenvolver configurações favoráveis e igualitárias na distribuição de renda. Faz-se, logo, crucial haver mudanças. Dessarte, é notória a existência de impasses para a solidificação dos cenários citados. Nessa óptica, cabe ao Governo Federal, em conjunto com o Ministério da economia, ampliar programas de palestras e propagandas que discorram e reflitam a igualdade entre todos, além de promover projetos de renda básica direcionados às causas sociais, por meio de repasses de verba proporcionais ao imbróglio, com o fito de mitigar a diferença existente entre as classes, as quais passariam a conviver em maior harmonia, podendo, ainda, frequentar os mesmos ambientes sem julgamentos. Sendo assim, a realidade deverá afastar-se dos efeitos da teoria de Eugenia, frequente nos dias atuais.
Ver redaçãoO Capitalismo, além de um sistema de produção, é um instrumento de diferenciação que, consoante os interesses econômicos das grandes empresas, garante aos detentores de maior capital um isolamento do restante da população. Um exemplo disso é a "camarotização" dos espaços, a qual é dotada de um intrínseco simbolismo e que acentua as desigualdades sociais. Primeiramente, separar as pessoas em ambientes, de acordo com a sua capacidade aquisitiva, revela um panorama que vai além da segregação geográfica.Isso porque, segundo o filósofo Michel Foucault, o indíviduo moderno é definido pelo lugar que ele ocupa. Sob essa perspectiva, os camarotes servem como um meio para afirmar o maior valor social de uma pessoa, bem como a sua superioridade. Por conseguinte, há uma elitização dos espaços, tornando-os heterogêneos e imiscíveis das áreas populares, o que, lastimavelmente, gera exclusão social. Ademais, essa conjuntura evidencia a enorme discrepância social entre brasileiros ricos e pobres. De acordo com o sociólogo Karl Marx, essa é uma característica que impera no sistema capitalista, haja vista que as empresas, com vistas ao maior lucro, disponibilizam serviços mais qualificados para aqueles que podem pagar por eles. Desse modo, a camada mais pobre da população é isolada e relegada a um serviço público que, geralmente, não tem uma devida infraestrutura. Depreende-se, portanto,que ações sejam feitas com a finalidade de melhorar esse quadro . Logo, cabe ao Poder Público, por meio do redirecionamento de verbas, investir na melhoria dos setores públicos, como parques e locais voltados ao lazer, a fim de que a camada da população mais pobre tenha acesso a um serviço de qualidade. Com isso, espera-se que a sociedade brasileira se torne mais homogênea e igualitária.
Ver redaçãoNo aclamado filme "O poço," vários detentos são colocados em uma prisão vertical dividida em 333 blocos, nos quais os mais elevados se alimentam melhor. Porém, mesmo longe da dramaturgia, a realidade brasileira apresenta uma desigualdade de classes sociais muito grande, que contribui com práticas elitistas como a gourmetização dos espaços públicos e conseção de regalias a uma minoria. Esse contexto pode ser exemplificado na privatização dos ambientes urbanos e pelo preconceito relacionado ao status social. Em primeiro lugar, é válido destacar a privatização do espaço urbano que corrobora com uma sociedade desigual e incapaz de lhe dar com as diferenças. Nesse viés, no livro "Mal Estar", do psicanalista brasileiro Christian Dunker, é nítido que a realidade da civilização moderna, baseia-se categoricamente pela demarcação de sítios urbanos próprios à elite, exalando os privilégios desse grupo e agindo como camarotes sociais. Além disso, o livro "Quando o ambiente é hostil" da arquiteta Lucia Leitão, mostra como que esses "camarotes" ressignificados em condomínios de muros altos e cercas, refletem o distanciamento social das camadas mais altas da sociedade com o resto da população. Cabe mencionar, em segundo plano, o preconceito que é direcionado aos indivíduos que pertencem a um estrato social menos elevado. Estilisticamente, no Período Colonial, os ricos donos de engenho construiam suas moradias em lugares altos e afastados das pessoas pobres, corroborando com a discriminação, segregação e a desigualdade. Por conseguinte, hoje, no país, é possível se ver espaços que funcionam como "áreas vips" da cidade, destinadas apenas a uma minoria endinheirada. A exemplo disso, em 2020, um policial ao adentrar num condomínio de luxo em SP foi humilhado verbalmente por um morador do local que se recusava ser abordado por morar num "Alphaville" Em suma, diante dos fatos relacionados a desigualdade e camarotização social, é inegável que se necessite de agentes interventores. Para tal, urge ao Congresso Nacional, na forma da Ministério da Cidadania, responsável pela administração dos indivíduos brasileiros, agir em prol dos cuidados com a manuntenção da dignidade e da ordem social. Isso pode ser feito por meio de leis que regulamentem de maneira mais justa a divisão dos espaços urbanos, diminuindo a especulação imobiliária e visando uma relação mais harmônica entre os brasileiros, por exemplo. Não obstante, o Poder Juduciário tem o dever de punir praticantes de qualquer tipo de ato preconceituoso com aquele que é considerado mais pobre, fazendo com que situações como as sofrida pelo policial sejam inibidas e erradicadas. Dessa forma, pode se garantir uma sociedade menos exclusiva e mais igualitária, ao contrário da prisão do filme.
Ver redaçãoEstratificação social é o processo de classificação da sociedade a qual enumera-a conforme sua condição socioeconômica. Indubitavelmente, a partir desse processo, as classes menos favorecidas do país são afastadas e despercebidas dos grandes centros urbanos, a qual acelera o processo de camarotização da sociedade atual. Diante disso, convém analisar as causas e as consequências desse embate para uma sociedade que deveria ser marcada pela igualdade. De início, cabe analisar os empecilhos que o discernimento governamental pode causar ao público vigente. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado assegurar a todos os cidadãos o acesso à igualdade. Entretanto, percebe-se que isso não ocorre quando a camarotização de diversos espetáculos e de eventos culturais não possuem total relevância na prática. Com isso, essas parcelas do país tendem a conviver com as mazelas da pobreza e a sofrerem com uma série de questionamentos e difamações. Desse modo, evidenciam-se ainda mais as consequências da falta de apoio institucional atual. Consequentemente, o que parece se destacar mais é a estagnação dos direitos sociais. Indubitavelmente, é notório que, com o processo de globalização, estados e empresas adequaram-se aos novos meios informacionais e, consoante, as novas maneiras de exaltação dos movimentos culturais. Em contrapartida, o círculo vicioso do "estar" em determinados lugares em detrimento do "ter" tornou-se evidente. Exemplo disso, são os altos custos financeiros para apreciar um desfile de samba no Brasil e os jogos olímpicos em um estágio de futebol. Desse maneira, moldar esse quadro é um dever das representações contemporâneas. Infere-se, portanto, que, apesar de crucial, a camarotização das classes brasileiras faz-se presente no Brasil. Sendo assim, o Poder Legislativo, como criador das leis que regem a sociedade, em parceria com o Ministério da Cultura, deve promover mecanismos de proteção para o público vigente, por meio da criação e da disseminação de projetos sociais nas instituições de ensino, a qual deverá contemplar o valor das pautas que ampliem a promulgação da cidadania e do bem comum, tais como a inserção de reuniões e de eventos culturais nas áreas que vivem sob o repúdio da pobreza, como o Projovem e o Projeto Vida, para que, nesse sentido, seja possível observar uma comunidade livre de eventos que privem a disseminação de manifestações em massa e a a formação de elites em pleno século XXI.
Ver redaçãoNa fantástica obra literária “O cortiço” — Aluísio Azevedo lança luz sobre a vivência de Bertoleza, personagem objetificada e explorada pelo seu companheiro João Romão. Sob essa ótica, transpondo-se para a sociedade brasileira, tal obra mostra-se como retrato social das tristes relações abusivas, as quais advêm não só da lamentável prática de abuso psicológico, mas também da preocupante relativização do comportamento machista. Assim, torna-se improtelável fomentar o combate a essa problemática em prol da harmonização social. É coerente reconhecer, preliminarmente, que, muito embora a Constituição Federal salvaguarde — em seu artigo 5° — a preservação da integridade física e moral do cidadão, na realidade, essa proposta é desrespeitada na maior parte dos relacionamentos no Brasil, relativamente à continuidade da violência e, principalmente, do abuso psicológico. Nesse viés, a “violência simbólica”, teoria do exímio sociólogo Pierre Bourdieu, evidencia os danos que afetam diretamente a saúde mental dessas pessoas as quais são totalmente manipuladas por opressores. Logo, tamanho dilema efetua-se como um danoso retrocesso social e comprova o perigo das “relações líquidas”. Outrossim, é fulcral enfatizar o historiador Fernand Braudel e o processo de longa duração, haja vista parte da sociedade brasileira ainda vivenciar na contemporaneidade práticas do patriarcalismo. Referente a essa teoria, indubitavelmente, a relativização do comportamento machista permite, também, a persistência da violência doméstica, exemplifica-se então o repercutido caso do Dj Ives e as contínuas agressões à sua esposa Pâmela. Dessarte, inúmeras relações tóxicas, infelizmente, são vivenciadas a todo tempo no país e a “banalidade do mal” persiste de forma desumana. Desse modo, depreende-se, pois, resoluções funcionais acerca desse dilema. Posto isso, concerne aos Ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e da Educação promoverem a elaboração de um plano nacional nomeado de “Relações saudáveis”. Tal projeto deve ser instrumentalizado com campanhas de sensibilização por meio da mídia engajada, em canais abertos, como Globo, SBT e Record TV - que disponham, ainda, um disque denúncias, além de levar a temática para as escolas e universidades, com o intuito dessas vítimas perceberem quando estiverem entrando em relações abusivas e terem facilidade em tomar providências, a fim de que a desumana vivência de Bertoleza não seja mais replicada por tantas pessoas no Brasil.
Ver redaçãoNo filme europeu “O menino do pijama listrado”, a personagem “Elsa” desenvolve problemas psicológicos por conta de seu relacionamento abusivo com um comandante nazista, o qual é, extremamente, agressivo e autoritário. Fora da ficção, esta é a realidade de um grande número de indivíduos, ao redor do mundo, que sofrem agressões físicas e psicológicas de seus devidos parceiros amorosos. Neste âmbito, o egocentrismo elevado e a falta de um caráter familiar estruturado são os principais motivos para os relacionamentos abusivos ocorrerem. De maneira inicial, é possível verificar que os relacionamentos abusivos no Brasil aumentam, de maneira exponencial, ano após ano. Segundo o noticiário “OGLOBO”, afirma que as opressões e xingamentos dentro de uma relação amorosa crescem, rapidamente, desde 2003 e ressalva que em 70% dos casos o homem, que não possui algum respeito perante sua companhia, é o opressor por carregar consigo um sentimento machista e egocêntrico, além do mais, o mesmo noticiário assegura que as vítimas de tais relacionamentos necessitam, na maioria dos casos, de acompanhamento psicológico. Por isso, o egocentrismo elevado é um fator que propicia os relacionamentos abusivos. Em segundo plano, nota-se que a educação sociofamiliar não é, na maior parte das famílias, devidamente implantada. De acordo com o jornal “G1”, a educação sociofamiliar defasada interfere, diretamente, na construção do caráter individual de um cidadão, ou seja, uma elevada taxa de indivíduos na sociedade brasileira, por conta deste caráter depravado, praticam abusos morais e, em algumas situações, físicos em uma relação. Logo, muitos relacionamentos tornam-se abusivos por conta da falta de um caráter familiar estruturado. Diante disso, é necessário combater, urgentemente, os relacionamentos abusivos no Brasil. Portanto, cabe ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Cidadania analisar, por artifício de fiscalizadores familiares e por profissionais da área social, possíveis casos de relacionamentos abusivos e, se for necessário, iniciar uma ação jurídica, tendo como objetivo encerrar com tal prática no país. Além disso, é necessário conduzir parte da verba federal para a realização de serviços familiares a fim de conscientizar a população sobre os relacionamentos abusivos e suas consequências em uma sociedade. Somente assim, casos como de “Elsa” serão evitados.
Ver redaçãoNa série televisiva “Euphoria” retrata o cotidiano de adolescentes, a personagem Maddy vive em um relacionamento onde seu namorado quer controlar tudo e chega ao ponto de agredi-la. Fora das telas, é claro, a situação apresentada na série pode se relacionar àquela vivida na sociedade brasileira: os relacionamentos abusivos decorrentes de desejo em controle sobre o parceiro e por conseguinte, a violência gerada. Dessa forma, fatos devem ser analisados a fim de amenizar a problemática. A priori, é importante ressaltar que relações abusivas se caracterizam pelo par ter um desejo de ter para si o outro, essa vontade pode gerar comportamentos obsessivos que vão desde o controle sobre o outro, violência física ou até mesmo afastar o indivíduo de amigos e familiares. Mediante a isso, podemos observar o semelhante na série de TV “You”, em que o personagem principal sente um poder de posse tão grande em relação a sua namorada que a persegue e a coloca contra suas amigas. Dessarte, é evidente que o mesmo ocorre fora da ficção e que a consolidação dessas relações é decorrente do desejo excessivo de possessividade. Ressalta-se, ademais, que o sentimento de posse do parceiro pode se tornar em agressão, fazendo com que pessoas que estão em relações controladoras estejam vulneráveis à violência, a tal pode se caracterizar física, psicológica e até mesmo sexual. Nessa perspectiva, na trilogia literária “50 tons de cinza”, a personagem Anastasia vive em uma relação em que seu companheiro tem controle de tudo sobre sua vida e caso ela o desobedeça, seu cônjuge a pune com castigos físicos ou sexuais. Sob essa ótica, constata-se que a violência doméstica, geralmente é oriunda de um relacionamento não saudável, pois, quando o controlador percebe que está perdendo seu controle, ele parte para a agressividade. Portanto, é impreterível que o Estado tome medidas para atenuar o quadro. Logo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve, por meio de verbas governamentais, criar propagandas que falem o que é relacionamento abusivo e alertar a violência que essas relações possam gerar, a propaganda deverá ser obrigatória a todos os canais de TV aberta e deverá apresentar informações sobre como denunciar casos de ameaças e agressão, assim, espera-se que haja diminuição nos casos de violência e relacionamentos desse modelo. Só assim, será possível com que situações ocorridas nas séries “you” e “euphoria” , e na trilogia “50 tons de cinza” não ocorram mais em nossa sociedade.
Ver redaçãoDE acordo com UOL NOTÍCIAS, a violência contra a mulher aumentou 40% em junho de 2020, ou seja, um fator multiplicador virou um aspecto exponencial. Em vista disso, é representado um dos fatores de um relacionamento abusivo, no qual o parceiro tem atitudes abusivas com o outro. Diante disso, o abusador pode ter comportamento de manipulação e faz com que a vítima se afaste de seus familiares e amigos. EM primeiro lugar, é importante destacar que, deve-se ter uma observação no relacionamento, se o companheiro tem um comportamento de sempre intervir nas ações do outro. Sob esse aspecto, nos quadrinhos da DC, há uma demonstração desse relacionamento entre o CORINGA e da ARLEQUINA, pois, ele usa o amor dela para poder controlar suas ações e fazer tudo que ele ordena. Saindo da ficção, é assim que indivíduo consegue controlar o outro através dos seus sentimentos como faz o Coringa. ALÉM disso, o abusador faz com que a vítima se afaste de seus familiares e amigos por ciúmes ou, até mesmo por não ter afinidade. Acerca disso, a cantora PRETA GIL, em um evento de beleza, em agosto de 2018, relembrou do relacionamento abusivo e relatou que tinha se afastado dos amigos e familiares por causa do namorado e, também, a dificuldade de ter terminado a relação. DESSA forma, é crucial que a pessoa perceba que está em relacionamento tóxico como a PRETA GIL para terminar essa relação. Portanto, medidas são necessárias para atenuar esse entrave. Logo, cabe à Família ajudar o indivíduo a perceber que está em um relacionamento abusivo, por meio dos diálogos e indicações de sites que orientam como, por exemplo, o site do MINISTÉRIO PÚBLICO de SÃO PAULO. Assim, o indivíduo vai estar informando se está ou não em um relacionamento abusivo e, também, terá apoio dos familiares e amigos.
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