TEMAS DE REDAÇÃO ENEM

Nesta página temos diversos temas de redação Enem, de variados eixos, que podem auxiliar a praticar suas redações. Contando com diferentes textos de apoio e comandos, os temas disponíveis podem ser do eixo da saúde, da educação, do meio ambiente, da segurança e muitos outros! Dessa forma, você estará apto a escrever sobre qualquer tema e melhorar sua capacidade de escrita na redaçao do Enem.

elitização da arte

TEMA DE REDAÇÃO – A elitização da arte no Brasil

Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema  “A elitização da arte no Brasil”. TEXTO 1  A arte: dentro e fora dos museus “Com o isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus, museus em todo o mundo foram fechados temporariamente. Em meio a isso, muitos ainda tomaram medidas que buscavam levar arte para a população de outras formas, nem que fosse necessário deslocar as obras de arte de seus espaços convencionais. Exposições a céu aberto, obras de arte em outdoors e grafite na fachada de museus foram algumas das tentativas de levar arte para a parcela da população que nunca foi além da entrada desses espaços. Esse movimento levantou debates que desde o início do século 20 protestam contra as tradicionais casas de exposição e já questionam qual a função da arte e que lugares ela ocupa. Historicamente o consumo de arte é elitizado, segundo Ana Gonçalves Magalhães, diretora e curadora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP). Quando se discute um conceito mais estrito e eurocêntrico de arte – aquele que foi concebido a partir da primeira era moderna com a constituição dos gabinetes de curiosidade e que se desdobrou depois nas ditas belas-artes – essa elitização pode ser vista, ainda que o termo ‘consumo’ seja anacrônico no contexto da primeira era moderna, anterior à consolidação do mercado da arte no século 19, explica Ana. “No que chamamos de sistema de arte (que envolve as instâncias do mercado de arte e as instituições artísticas tradicionais), ele continuou a ser elitizado, mesmo hoje em dia”, completa. De acordo com Gonçalves, a consolidação dos museus de arte ao longo do século 20 veio em paralelo a um debate muito relevante sobre a educação pela arte. Nesse ponto, destaca-se a Mesa de Santiago de 1972, na qual os membros debateram o papel dos museus da América Latina. Gonçalves conta que ‘uma tomada de decisão muito importante foi justamente a de que os museus devem estar abertos e a serviço da sociedade, têm a função de educar e serem capazes de representar a diversidade social. Embora ainda haja questões em relação ao acesso de todos aos museus, há uma política internacional em que os museus no mundo, através de sua ação educativa, devem ser inclusivos’.” Fonte: https://jornalismojunior.com.br/democratizacao-da-arte-dentro-e-fora-dos-museus/ TEXTO 2 A luta de classes do graffiti “O público anti-graffiti aprendeu que arte custa milhões, que não se pode tocar com as mãos, que deve ser protegida dentro de um museu de segurança máxima e que existe um conceito bastante erudito por trás que só ‘iniciados’ conseguem compreender plenamente. O que incomoda na prática do graffiti é sua oposição a essa tese elitista: ela coloca a arte na rua, sai das periferias, invade os bairros nobres, apropria-se da cidade sem pedir licença. Os artistas de uma arte que se faz pública entendem que os espaços urbanos são ‘de todos’ e que, portanto, devem ser ocupados por aqueles que usufruem do meio. A lógica das ruas foge das regras rigidamente construídas ao longo dos séculos, eliminando as barreiras simbólicas que impedem o acesso do povo à arte. Para além disso, há ainda uma outra subversão que toca a estrutura fundamental da boa família neoliberal: não se compra um graffiti que se viu na esquina e se leva para pendurar na sala de estar; ele é da rua, pertence, elogia, aclama o espaço público, tirando o protagonismo de séculos de existência da propriedade privada. Este é o grande motivo pela qual tentam incansavelmente silenciar o graffiti: ele é muito perigoso à manutenção da estrutura elitista, branca, excludente e neoliberal. Quantas vezes não se apagaram murais para se colocar no lugar a publicidade de quem pagou por aquele espaço? A regra do sistema é essa: pode-se tudo desde que se pague por isso. Se não pagaram, está errado e é descartado.” Fonte: https://diplomatique.org.br/a-luta-de-classes-do-graffiti/ TEXTO 3 Por mais espaços plurais e menos elitização cultural “[…] Quem vai a uma apresentação da Filarmônica na Sala Minas Gerais se assusta (ou se sente em casa, dependendo da classe social): os visitantes que ali estão trajam suas melhores roupas e rodopiam no foyer com taças de espumante e sorrisos iluminados.  Há, vão dizer, muitas apresentações voltadas ao público dito “carente”. Concertos no parque, esporadicamente, e muitas apresentações das companhias do bairro, ou das turmas de formação dos espaços culturais de bairros fora do eixo Centro-Sul de Belo Horizonte. Pergunto-me, afinal, por que é que essas pessoas que já são marginalizadas têm que ter acesso somente à produção artística que também é marginalizada? Voltamos aos programas sociais de museus e institutos como a Fundação Clóvis Salgado e o Circuito Cultural Praça da Liberdade, que promovem, de fato, certa inclusão ao trazer este público para dentro dos espaços. Os programas agem com uma boa intenção, mas não integram esta população a uma realidade, trazendo ela para perto da programação artística da cidade. Insisto em dizer que mais me parece uma oferta ‘generosa’ àqueles que vão visitar como se fosse ‘coisa de outro mundo’. Nós, habituados a frequentar estes lugares, sabemos bem que existe um pensamento que divide a população entre “interessados em cultura” e, bom, o resto é resto pra muita gente. Há um enorme preconceito que afirma, inclusive, que todos têm que ter acesso a estes espaços elitizados e tradicionais na cena cultural. Não é, no entanto, o que se defende aqui.  Uma possibilidade de escolha e um cenário que não repila possíveis interessados em visitá-los é o que se discute. A criação de programas educacionais e de aproximação de populações que não têm intimidade com este circuito, é o que se propõe aqui. Programas que de fato integrem estas pessoas, que façam com que esta realidade seja uma opção (não uma premissa para serem socialmente aceitos) para estas pessoas. Programas que criem intimidade. Espaços culturais plurais não têm que ter cafés caríssimos e ambientes cada vez mais luxuosos. Caso contrário,

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Contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil

TEMA DE REDAÇÃO – Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil (ENEM PPL + REAPLICAÇÃO 2021)

Contribuição das mulheres nas ciências da saúde TEXTO 1 Vinda de uma família abastada, viúva e irmã de militares, Anna Nery foi contratada como enfermeira para auxiliar o corpo de saúde do Exército Brasileiro e permaneceu atendendo feridos e enfermos durante o conflito da Guerra do Paraguai, até 1870. Na época, doenças ameaçavam a saúde dos soldados. Mas Anna conseguiu transformar a realidade sanitária dos locais onde trabalhava,  impondo condições mínimas de higiene para que essas doenças não se alastrassem e para que as pessoas fossem tratadas com segurança. A sua história está documentada no Museu Nacional da Enfermagem, fundado em 2010. Anna Nery é semelhante à de Florence Nightingale, a inglesa que consolidou seu trabalho de cuidado na Guerra da Crimeia e fundou a enfermagem no século XIX. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em 2 jul. 2021 (adaptado). TEXTO 2 Adriana Melo foi pioneira na identificação da relação do zika com microcefalia. Cinco anos após o surto no país, ela ajuda famílias com um projeto singular na Paraíba – e diz que ainda há muito a aprender sobre a doença. “Infelizmente, o interesse internacional em pesquisa diminuiu muito”, reclama Melo, “porque o zika não chegou ao mundo rico, não chegou à Europa e aos Estados Unidos. Perdeu-se totalmente o interesse pelo assunto.” Para ela, é uma negligência, uma vez que o vírus zika continua causando novos casos de microcefalia em crianças. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em 22 jul. 2021. TEXTO 3 A vida de uma médica entre seis hospitais e três filhos durante a pandemia Entro em casa pela porta dos fundos, higienizo as mãos com álcool gel. Tiro a roupa na lavanderia, coloco direto na máquina de lavar. Sigo para o banho. Agora essa é minha rotina. A pior parte é a de não chegar perto das crianças. Saindo do banho, vejo que há duas ligações não atendidas. Retorno a primeira: uma amiga, cardiologista, conta que não vai conseguir voltar ao hospital para atender um paciente. Ela já vinha apresentando um quadro de moleza desde sábado, mas como nós, médicos, estamos habituados a fazer, ignorou os sintomas por serem leves. Tirou um cochilo hoje à tarde e acordou com febre. Ela me contou que atendeu um paciente, quatro dias atrás, que estava com febre depois de voltar de uma viagem (ele fez o teste e hoje recebeu o resultado: positivo). Até perceber o risco, o contato já havia acontecido. Pedi para ela fazer exame para Covid-19 e ficar em isolamento domiciliar. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em 22 jul. 2021. TEXTO 4 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista. EXEMPLO (Contribuição das mulheres nas ciências da saúde) Temática de grande relevância social aborda o reconhecimento das contribuições das mulheres na saúde pública. Isso porque, mesmo com diversas participações importantes, o público feminino continua sem receber as devidas condecorações. Dessa forma, seja pelo machismo enraizado na sociedade brasileira, seja pelo déficit na educação, se faz necessário analisar tal problema. Em primeira análise, vale destacar que o machismo impregnado na sociedade prejudica as mulheres em diversos âmbitos, inclusive no profissional. Acerca disso, desde os primórdios da colonização da América pelos lusitanos, as mulheres eram vistas como seres fracos e sensíveis, cuja função una era cuidar dos filhos e da casa. Atualmente, mesmo com todo progresso e desenvolvimento do Brasil enquanto sociedade, o pensamento de superioridade masculina ainda permeia o juízo de uma grande parcela da população, constituindo assim, diversos obstáculos para a ascensão e o reconhecimento das participações femininas na saúde, política e demais áreas de prestígio. Ademais, é importante salientar como a falta de conhecimento e educação perpetuam as ideologias machistas no país, agravando ainda mais a desvalorização do trabalho das mulheres nas ciências médicas. Dito isso, de acordo com o filósofo grego Epicteto, “somente a educação liberta”. Sendo assim, analisando por esse prisma, compreende-se que o déficit educacional é um dos principais precursores desse problema, responsável por gerar cidadãos preconceituosos já que segundo o pensamento do filósofo, eles ainda não foram libertos da prisão do preconceito pela educação. Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para garantir o reconhecimento das participações femininas na saúde pública brasileira. Diante disso, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável por zelar pela educação no país, por meio de palestras ministradas em escolas públicas e particulares, promover a reeducação de crianças, para que essas se desenvolvam e tornem-se adultos libertos do preconceito, objetivando assim, construir uma sociedade neutra, que saiba valorizar as contribuições de ambos os gêneros, para dessa forma, abolir à falta de reconhecimento sofrido pelas mulheres que atuam na saúde pública no Brasil.  

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insegurança alimentar

Tema de redação – A insegurança alimentar e a fome no Brasil

Você já refletiu sobre como a insegurança alimentar afeta milhões de pessoas no Brasil? Neste artigo, vamos explorar a fundo este tema crucial, abordando suas causas, consequências, bem como ele se apresenta em nossa sociedade. Assim, prepare-se para aprofundar seu conhecimento e enriquecer suas redações com ideias valiosas sobre o insegurança alimentar. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I sobre o tema insegurança alimentar​ Insegurança alimentar: entenda esse desafio no Brasil “Insegurança alimentar” define a condição onde o acesso regular a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para uma vida saudável é restrito. Essa situação vai além da mera ausência de comida, isto é, envolve também a substituição de alimentos nutritivos por opções mais baratas e menos saudáveis, ricas em farinhas e açúcares. Por isso, essas escolhas alimentares podem levar ao enfraquecimento do corpo, prejudicar o desenvolvimento físico e mental e aumentar o risco de doenças. Dessa forma, os estudiosos dividem o tema insegurança alimentar em três categorias distintas: Leve: Manifesta-se através da preocupação ou incerteza sobre a disponibilidade futura de alimentos, ou quando a qualidade é sacrificada para manter a quantidade. Moderada: Ocorre quando adultos comem menos ou pulam refeições para garantir a alimentação das crianças. Grave: Representa a falta de alimentos para todos no lar, incluindo crianças, culminando em experiências de fome. Fonte adaptada: O Povo TEXTO II sobre o tema insegurança alimentar​​ Desafios atuais da insegurança alimentar no Brasil Melissa de Araújo, nutricionista e coordenadora do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais, destaca um preocupante cenário no Brasil. “Nos últimos cinco anos, um aumento nos custos de produção de alimentos básicos, como frutas, verduras, legumes e cereais, tem sido notado, principalmente devido à redução das políticas de crédito à agricultura familiar”, ela explica. Esta forma de agricultura é crucial para suprir as necessidades alimentares da população brasileira. Além disso, Melissa ressalta a complexidade da situação. “Não podemos simplificar a questão acreditando que políticas assistencialistas de distribuição de cestas básicas resolverão o problema”, ela enfatiza. Outrossim, o acesso aos alimentos, especialmente em áreas urbanas, está intrinsecamente ligado ao acesso à renda. Nesse sentido, Paulo Petersen, do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia, complementa a discussão. “A maior parte da produção agrícola brasileira é voltada para ração, combustíveis e exportação, não para o consumo interno”, ele observa. “Atualmente, o governo não regula adequadamente as políticas de segurança alimentar, e isso, combinado com a alta inflação e crescente desemprego, agrava a situação.” Para Petersen, é crucial mudar a perspectiva sobre os alimentos. “Não podemos tratar os alimentos como uma mera mercadoria. É essencial incentivar a agricultura familiar, a principal fonte de alimentos no país, e apoiar políticas que favoreçam a distribuição local”, afirma. Desse modo, ele cita programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar como exemplos de iniciativas importantes que estão sendo desmanteladas. Fonte adaptada: O Povo Assista também este vídeo da Professora Chay sobre a diferença entre assunto e tema: https://youtu.be/OVmU3jxrIFE?si=erEyhEDbBoTUFugw Pronto para enfrentar o tema insegurança alimentar e outros desafios em suas redações? Na nossa plataforma, oferecemos mais de 400 temas para você treinar e aprimorar suas habilidades de escrita. Então, acesse agora, escolha seu tema e envie sua redação para obter um feedback detalhado.

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crise energética no brasil

TEMA DE REDAÇÃO – Crise energética no Brasil

O Brasil está enfrentando uma grave crise energética, cujas causas envolvem fatores políticos, econômicos e ambientais. A dependência de hidrelétricas como a principal fonte de energia do país, o acionamento das termelétricas e as bandeiras tarifárias – que aumentam a conta de luz da população – são algumas preocupações em relação ao tema. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Crise energética no Brasil”. TEXTO 1 Fonte: https://www.nsctotal.com.br/noticias/charge-do-ze-dassilva-a-ameaca-de-apagao TEXTO 2 O que é uma crise energética? Uma crise energética corresponde a um problema conjuntural causado por uma combinação de fatores de ordem natural e estrutural que afetam a geração de energia elétrica em uma determinada localidade, deixando de corresponder à demanda e causando, assim, uma sobrecarga no sistema. Isso pode ocasionar a necessidade de racionamento, blecautes ou apagões, encarecimento das contas mensais, que, por sua vez, interferem diretamente nos preços de bens de consumo, e até mesmo originar ou aprofundar crises políticas. Causas da crise energética no Brasil O ano de 2021 ficou marcado pelo acúmulo de crises de diversas naturezas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Uma dessas é a crise energética, que, desde o início, deu sinais da sua gravidade. Uma vez que o Brasil ainda depende em grande parte das hidrelétricas para a geração de energia, atribui-se como uma das principais causas da atual crise de energia o que tem sido categorizado como a pior crise hídrica vivida pelo país nos últimos 91 anos. A crise hídrica é caracterizada pela escassez de chuvas e o desabastecimento dos principais reservatórios de água do país, que passam a operar com capacidade abaixo da considerada ideal. De acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios que abastecem as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste operavam, no início de setembro de 2021, com 20,66% de sua capacidade, sendo esse o nível mais baixo entre todos os subsistemas que fornecem água para a geração de eletricidade. No Sul, o volume é de 26,47%. Os subsistemas do Nordeste e do Norte operam, respectivamente, com 48,53% e 69,44%. Somente o subsistema da região Norte opera acima da capacidade considerada a ideal, que é de 60%. No cerne do problema de desabastecimento de água está a degradação dos biomas brasileiros, que tem se acelerado a ritmos alarmantes nos últimos anos. As queimadas e, em maior escala, o desmatamento têm influenciado diretamente na circulação atmosférica e na transferência de umidade da Amazônia para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, além de prejudicarem nascentes e cursos d’água de outras formações, como o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pantanal. Soma-se às condições locais as mudanças climáticas e a ocorrência de fenômenos como o La Niña, que derruba o índice pluviométrico nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde se situam importantes reservatórios, como os de Itaipu, Furnas e Cantareira. Embora tenha havido a maior diversificação da matriz energética brasileira desde a crise do apagão de 2001, bem como a ampliação das linhas de transmissão de energia, o grande apoio em fontes como a hidrelétrica, que é atualmente de 63,9%, pode levar a crises como a atual. A revogação do horário de verão, o que ocorreu no ano de 2019, contribuiu para o aumento da demanda por eletricidade no chamado horário de pico (de 18 h a 21 h), assim chamado por ser o intervalo em que há maior utilização de luzes e aparelhos ligados na energia. O adiantamento dos relógios estendia o período de luminosidade, favorecendo a menor utilização de luz elétrica e, assim, diminuindo a sobrecarga no sistema. Outro motivo que contribuiu para o agravamento da crise energética atual é a falta planejamento e de reação rápida por parte do governo federal, repetindo o padrão de anos atrás, quando o país foi submetido ao racionamento energético entre 2001 e 2002. Medidas para conter a crise energética no Brasil A principal medida adotada como meio de contenção da crise energética no Brasil em 2021 foi o acionamento das usinas termelétricas para abastecer o sistema nacional e complementar o atendimento da demanda interna. As termelétricas geram eletricidade por meio da queima de combustíveis como óleo diesel e biomassa. Esse processo, além de ser mais poluente para o meio ambiente, é mais caro e gera um custo adicional para o consumidor final na sua conta de energia. O custo aparece cobrado na chamada bandeira vermelha estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que cobra uma taxa a cada 100 kWh consumidos. Para o mês de setembro de 2021, foi criada uma nova bandeira tarifária chamada de bandeira de escassez hídrica, que aumentou as contas de energia em aproximadamente 6,78%, com o acréscimo de R$ 14,90 a cada 100 kWh, além da tarifa anterior, que estava também em voga. Embora especialistas falem na necessidade de racionamento de energia elétrica de amplo alcance, o Ministério de Minas e Energia (MME) adotou uma medida de racionamento voluntário cuja validade teve início no mês de setembro de 2021. Receberão bônus de até R$ 50, a cada 100 kWh poupados nas contas de janeiro de 2022, os estabelecimentos e residências que realizarem economia de 10% entre o dia 1º de setembro e 31 de dezembro de 2021. Caso a meta seja atingida, o patamar será ampliado para 15%, a ser economizado no ano seguinte. Acredita-se que, para tentar afastar o risco de apagões pelo território nacional, e pensando também em crises futuras, algumas das medidas que deveriam ser adotadas seriam as seguintes, além do racionamento de 15%: Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/crise-energetica-no-brasil.htm TEXTO 3 Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/11/26/aneel-elimina-cobranca-adicional-na-conta-de-luz-em-dezembro-para-familias-de-baixa-renda.ghtml TEXTO 4 “A falta de água nos reservatórios faz com que se criem as bandeiras tarifárias e agora criaram mais uma. Eu estimo mais ou menos R$ 33 bilhões que eles vão tirar da população brasileira, da sociedade brasileira, da economia para levar para esses agentes que operam no setor elétrico. Se nós estivéssemos na bandeira verde, que significa reservatório com água, quanto que essas empresas

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exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais

TEMA DE REDAÇÃO – Superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais

TEXTO 1 Filhos superexpostos nas redes sociais “A primeira risada, o jeito engraçado que o bebê cospe as colheradas da papinha, os primeiros passos que se tornam uma cômica caminhada, o jeito descontraído que ele dança ao ouvir uma música infantil. Para os pais, todos os gestos dos filhos pequenos são “fofos” e é natural que eles queiram dividir cada momento com todo o mundo pelas redes sociais. Esse fenômeno ganhou um termo, o sharenting, ou seja, a junção das palavras share, que significa compartilhar, com parenting, que significa criação. Infelizmente essa atitude não é apenas uma brincadeira de criança e pode trazer consequências ruins para elas no futuro. Estudos mostram que aos 12 anos os jovens possuem, em média, duas mil fotos compartilhadas. ‘Elas já têm um rastro digital que pode ser utilizado para diferentes fins’, diz Pedro Hartung, advogado e coordenador do programa Prioridade Absoluta, do Instituto Alana. Isso ocorre porque as redes sociais guardam os dados dos usuários: o rosto, o ambiente em que está, onde estuda, o que gosta, quem são os amigos, quem são os pais e suas preferências pessoais. Recrutadores de empresas vão às redes sociais para saber mais sobre seus candidatos, bem como seletores de vagas para universidades e até empresas de convênio médico. Há ainda o risco de fraudes, do uso dos dados para análise de crédito, para marketing, para reconhecimento facial, para hackear o indivíduo, ou ainda para pedofilia. Pesquisas mostram que, em 2030, dois terços das fraudes de identidade nas novas gerações vão decorrer do sharenting.” Fonte: https://istoe.com.br/filhos-superexpostos-nas-redes-sociais/ TEXTO 2 “No Brasil ainda não existem medidas legislativas que regulem a privacidade das crianças pelos provedores de internet. Logo, a publicação de uma foto aparentemente simples pode ter diversas interpretações e prejuízos, mesmo anos após a postagem.  ‘Temos vários projetos de lei barrados por indústrias de entretenimento, mídias e provedores que lucram em demasia com esse tipo de compartilhamento’, comentou a médica Evelyn Eisenstein. Segundo ela, não há na legislação brasileira uma lei como a Children’s Online Privacy Protection Act (Coppa – Lei de Proteção à privacidade online de crianças, em tradução livre), instituída nos Estados Unidos, em 1998, para a proteção de dados e regulação da exposição de crianças menores de 13 anos na internet.  Em agosto deste ano, o Google anunciou o lançamento de um serviço que permite remoção de imagens pessoais de adolescentes menores de 18 anos em seus resultados de pesquisa. Um formulário para fazer o pedido de remoção está disponível na página de suporte da empresa. O Google informa, no entanto, que essa remoção não significa que a foto será retirada da internet, mas que deixará de ser mostrada nos resultados de busca do Google Imagens.  O compartilhamento de imagens e vídeos é um hábito relativamente novo, por isso as repercussões na vida futura das crianças ainda não são totalmente conhecidas, esta é a parte mais preocupante da exposição excessiva. ‘Não são apenas os pais que devem ser mais cuidadosos, mas também familiares e cuidadores. Eles precisam estar cientes das possíveis consequências indesejadas para a saúde das crianças. Não é inofensivo compartilhar conteúdo online’, disse Evelyn.  Para a psicóloga Thaís Ventura, é importante a reflexão dos pais quanto aos seus interesses pessoais em relação à exposição de seus filhos a essas tecnologias, ‘buscando sempre refletir quais as necessidades e consequências de suas atitudes referentes ao uso dessas tecnologias na influência da saúde da criança’.  Os pais que desejam compartilhar fotos e vídeos de seus filhos podem tomar medidas protetivas para garantir que o conteúdo não seja usado para fins maliciosos. Por exemplo, é possível limitar o público de postagens para que apenas aqueles em quem você confia que possam ver o conteúdo. TEXTO 3 Superexposição nas e às redes sociais traz risco para crianças e adolescentes “‘Hoje, dia 3 de agosto de 2021, eu perdi meu filho, uma dor que só quem sente vai entender. E isso é sobre o último post que eu havia feito, os comentários. Ele postou um vídeo no TikTok, uma brincadeira de adolescente com os amigos, e achou que as pessoas fossem achar engraçado. Mas não acharam. Como sempre as pessoas destilando ódio na internet. Como sempre as pessoas deixando comentários maldosos. Meu filho acabou tirando a vida. Eu estou desolada, eu estou acabada, eu estou sem chão’. O desabafo da cantora Walkyria Santos, em lamento pela morte do filho dela, Lucas, de 16 anos, encontrado sem vida na casa da mãe, gerou comoção nacional e voltou a pôr em relevo o debate sobre os riscos da exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. ‘Estou aqui como uma mãe pedindo para que vocês vigiem e fiquem alerta. Eu fiz o que pude. Ele já tinha mostrado sinais, eu já tinha levado a psicólogo… Mas foi isso. Foram só os comentários na internet (…) que fizeram que ele chegasse a esse ponto’, alertou a estrela do forró, que completou: ‘Que Deus conforte o coração da minha família, e que vocês vigiem (porque) a internet está doente’. Na avaliação da educadora parental Fernanda Teles, o episódio é a evidência mais extrema de uma tragédia silenciosa, que está em curso e está relacionada ao acesso imoderado e não mediado de crianças e adolescentes à internet. Ela sinaliza que cabe a pais, tutores e sociedade como um todo garantir a proteção desses meninos e meninas. ‘Já fui atacada várias vezes e já recebi comentários bem cruéis’, relata Fernanda em uma publicação em seu perfil no Instagram em que reflete sobre efeitos da própria presença nas redes sociais. Mas, apesar de reconhecer que, às vezes, fica chateada, ela lembra que, sendo uma mulher adulta, possui recursos emocionais para lidar com essas reações de agressividade. Já as crianças e os adolescentes, por outro lado, estão em processo de formação e, portanto, são mais frágeis emocionalmente. Piora esse quadro o fato de muitos estarem sendo criados em uma lógica muito atrelada às relações estabelecidas na virtualidade, o que faz deles ‘dependentes da opinião dos outros nesse

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Invisibilidade e registro civil no Brasil

TEMA DE REDAÇÃO – ENEM 2021 | Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil

Invisibilidade e registro civil no Brasil TEXTO I Toda sexta-feira, o ônibus azul e branco estacionado no pátio da Vara da Infância e da Juventude, na Praça Onze, Centro do Rio, sacoleja com o entra e sai de gente a partir das 9h. Do lado de fora, nunca menos de 50 pessoas, todas pobres ou muito pobres, quase todas negras, cercam o veículo, perguntam, sentam e levantam, perguntam de novo e esperam sem reclamar o tempo que for preciso. Adultos, velhos e crianças estão ali para conseguir o que, no Brasil, é oficialmente reconhecido como o primeiro documento da vida – a certidão de nascimento. […] Ao longo do discurso desses entrevistados, fica clara a forma como os usuários se definem: “zero à esquerda”, “cachorro”, “um nada”, “pessoa que não existe”, entre outras, todas são expressões que conformam claramente a ideia da pessoa sem registro de nascimento sobre si mesma como uma pessoa sem valor, cuja existência nunca foi 29 oficialmente reconhecida pelo Estado. ESCÓSSIA, F. M. Invisíveis: uma etnografia sobre identidade, direitos e cidadania nas trajetórias de brasileiros sem documento. 2019. Tese (Doutorado em História, Política e Bens Culturais). Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2019. TEXTO II A Lei Nº 9 534 de 1997 tornou o registro de nascimento gratuito no Brasil. Só que o problema persiste, mostrando que essa exclusão é complexa e não se explica apenas pela dificuldade financeira em pagar pelo registro, por exemplo. TEXTO III A certidão de nascimento é o primeiro e o mais importante documento do cidadão. Com ele, a pessoa existe oficialmente para o Estado e a sociedade. Só de posse da certidão é possível retirar outros documentos civis, como a carteira de trabalho, a carteira de identidade, o título de eleitor e o Cadastro de Pessoa Física (CPF). Além disso, para matricular uma criança na escola e ter acesso a benefícios sociais, a apresentação do documento é obrigatória. Disponível em: https://www.senado.leg.br/. Acesso em: 21 jul. 2021. TEXTO IV A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista. EXEMPLO Invisibilidade e registro civil no Brasil Na obra “Capitães de Areia”, Jorge Amado retrata o abandono de jovens na cidade de Salvador, demonstrando como a invisibilidade dessas pessoas acabam restringindo diversos direitos. Contudo, apesar dos debates que surgiram a partir desse tema, no Brasil, a carência de garantia de acesso à cidadania devido à falta de registro civil ainda é um problema, demandando a adoção de medidas mais eficientes por parte do poder público e das insituiçõe formadoras de opinião. Sob esse viés, conforme a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado fomentar recursos que garantam os direitos fundamentais aos cidadãos, inclusive o acesso à cidadania. Entretanto, não é o que acontece, visto que, segundo o Jornal G1, cerca de 2 milhões de brasileiros não possuem registro de nascimento, sendo a maioria pessoas pobres e negras, demonstrando como a situação reflete as desigualdades do país. Portanto, considerando que é necessário apresentar esse documento para ter acesso aos programas de educação e saúde, como os fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), essas pessoas acabam sendo impedidas de usufruir de outros direitos, sentindo-se cada vez mais “invisíveis” na sociedade. Dessa forma, consoante ao pensamento de Émile Durkheim a respeito da anomia social, problemas relacionados à restrição da cidadania envolve a falta de uma instituição governamental capaz de planejar e aplicar métodos mais eficazes que garantam esse direito aos cidadãos. Por outro lado, há a necessidade de conscientizar as pessoas, sobre a importância do registro civil, a partir de meios que atinjam essa parcela da população, pois são pessoas que, geralmente, não têm acesso às mídias televisivas e digitais por serem de baixa renda. Nesse sentido, o sociólogo alemão Max Weber alude, em sua obra, Ação Social, que a questão social está vinculada aos valores, aos princípios de seus agentes. Por isso, é fundamental que as insituições formadoras de opinião, como as escolas, debatam essa temática, levando o senso crítico a todos os brasileiros. Diante o exposto, cabe ao pode público fomentar recursos ao Ministério da Educação para visibilizar a formação de profissionais de ensino, com o fito de debater sobre a importância do registro civil na garantia do acesso à cidadania. Isso pode ser feito por meio de palestras interativas, nas escolas e em regiões estratégicas dos bairros das cidades, com a presença de pessoas que já tiveram os seus direitos restringidos por esse motivo, para aproximar desse público e incutir senso crítico aos cidadãos para que continuem disseminando essas informações. Desse modo, será possível atenuar problemas como os retratados por Jorge Amado.

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educação-financeira-tema

TEMA DE REDAÇÃO – A importância da educação financeira em questão no Brasil

A educação financeira no Brasil se tornou um assunto frequente nas mídias e, também, uma das principais apostas do tema de redação do ENEM 2021. Falar sobre dinheiro ainda é um tabu na sociedade brasileira e, por isso, muitas ações têm sido realizadas a fim de conscientizar a população para a importância da educação financeira. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “A importância da educação financeira em questão no Brasil”. TEXTO 1 Fonte: https://chargedodiemer.blogspot.com/ TEXTO 2 A importância da educação financeira no cenário brasileiro A educação financeira vai muito além de aprender a economizar, cortar gastos desnecessários, poupar e acumular quantias em dinheiro.  Ser educado financeiramente faz com que qualquer pessoa passe a buscar uma qualidade de vida melhor, além de proporcionar a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e obter uma garantia para eventuais imprevistos. Infelizmente, no Brasil, a educação financeira ainda está longe de alcançar um patamar necessário, especialmente quando comparamos o cenário local com o de países desenvolvidos. Segundo o Banco Mundial, apenas 3,64% da população economiza pensando no futuro. Os índices mais baixos do mundo são formados pela média na América Latina, de 10,6%; enquanto outros países emergentes, como México (20,85%), África do Sul (15,93%) e Rússia (14,56%), apresentam números melhores. Educação financeira no Brasil É injusto culpar o patamar da educação financeira no Brasil a apenas o contexto histórico atual e é preciso entender alguns aspectos primordiais da conjuntura econômica do país, como por exemplo, a constante troca de moedas. Nas últimas duas décadas, por exemplo, o Brasil teve uma moeda relativamente estável e inflação controlada, até abaixo dos dois dígitos. Contudo, quando olhamos para anos mais distantes, em torno da década de 1980, essa não era a situação do país, com a mudança de moeda e um período de inflação descontrolado. E essa incerteza sobre os preços assombra os brasileiros até hoje. A inflação e suas economias Nos momentos em que o governo não obtém êxito para controlar a inflação, o valor futuro da moeda entra em cheque, o que faz com que seja mais vantajoso gastar o dinheiro comprando bens do que poupar o valor, já que não se sabe quanto esse dinheiro irá valer no dia seguinte. De fato, pensar desta forma fazia muito sentido antes do Plano Real, mas, infelizmente, esse é o pensamento que parece nortear os hábitos de consumo dos brasileiros até hoje. Para se ter uma ideia, dados de pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capital (ANBIMA) em 2017, cerca de 75% da população nacional não fez nenhum tipo de aplicação financeira. Em outras palavras, todo esse percentual da população passa toda a vida sem desenvolver um patrimônio sólido ou uma alternativa à aposentadoria, ficando refém da previdência social. Como a falta de educação financeira impacta a vida das famílias brasileiras Dentre tantas outras desvantagens, a falta de educação financeira contribui para que o cenário do endividamento no Brasil cresça. De acordo com levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o ano de 2020 começou com 61 milhões de negativados. Esses números refletem, também, a falta de hábito de poupar dos brasileiros: ainda de acordo com a entidade, apenas 28% dos brasileiros declaram ter poupado algum dinheiro nos últimos 12 meses, o 14.º pior índice do mundo. Pandemia causada pela COVID-19 agrava ainda mais o cenário do endividamento É evidente que as medidas necessárias tomadas para tentar conter a propagação do novo coronavírus impactaram a economia nacional (e mundial também). Dados de levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas demonstram que aproximadamente 83% dos entrevistados afirmaram ter sido prejudicados financeiramente durante a pandemia. Para especialistas do setor, é evidente que esses dados mostram mais um lado dos problemas causados pela crise, mas também deixam ainda mais clara a dificuldade que a população brasileira tem de construir e seguir um planejamento financeiro que seja capaz de equilibrar as receitas e gastos pessoais. Dados auxiliares da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que realizou pesquisa focada no comportamento dos endividados no Brasil durante a pandemia, aproximadamente 11 milhões de famílias possuem alguma dívida. O que mais assusta os especialistas é identificar que este movimento vem acontecendo de forma crescente: de 66,2% em março, o percentual passou para 67,4% em julho de 2020. Educação Financeira passa a integrar a base Nacional Comum Curricular Todos esses índices fizeram as autoridades olharem para o tema de maneira diferente e, em 2020, a educação financeira passa a integrar a base Nacional Comum Curricular. Para Rodrigo Pinheiro, CEO do Banco Bari, este é um passo muito importante, afinal, quanto mais cedo a noção do dinheiro é introduzida na vida da criança, maior será a capacidade de administração financeira. “Não é coincidência observar que os países com menores índices de endividamento entre as famílias são os mais desenvolvidos, que oferecem uma base curricular educacional mais robusta. No Brasil, o caminho precisa ser o mesmo”, afirma Pinheiro. A decisão de ensinar Educação Financeira foi do Ministério da Educação (MEC) e, de acordo com a entidade, as redes de ensino públicas e privadas de todo o país devem se adequar à nova norma para ajustar o currículo educacional e abordar o tema desde a educação infantil até o ensino médio. A medida tem o objetivo de dar a base para que os alunos consigam desenvolver o hábito de poupar e até mesmo oferecer conhecimento para que, quando adultos, sejam capazes de tomar decisões mais conscientes em relação aos seus hábitos de consumo. Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/a-importancia-da-educacao-financeira-no-cenario-brasileiro/ TEXTO 3 “Natália Dirani afirma ainda que envolver a criança no planejamento e orçamento familiar é o primeiro passo para a educação financeira. ‘Quebrar o tabu de falar com os filhos, com as crianças, sobre dinheiro. É muito importante abordar conceitos básicos de educação financeira e evoluir esses conceitos conforme a idade da criança. De ter uma quantia guardada, aprender a consumir

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publicidade excessiva

TEMA DE REDAÇÃO – Consumismo e publicidade excessiva na internet

Não é de hoje que o consumismo levanta uma série de problemáticas em nossa sociedade. Com a criação da internet, esse problema se intensificou devido à publicidade excessiva nas redes sociais e sites que acessamos. Afinal, a tentação agora é muito maior: com apenas um clique é possível comprar um produto que parece perfeito para nós. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Consumismo e publicidade excessiva na internet”. TEXTO 1 CONSUMIDOR E REDES SOCIAIS: A NOVA DIMENSÃO DO CONSUMISMO NO ESPAÇO VIRTUAL “Ao mesmo tempo em que as redes sociais instigam e aumentam o consumismo, influenciando mercados de consumo de maneira negativa, aparece, também, como um novo local de fala ao consumidor, como um novo ambiente onde ele possa ser ouvido e onde acaba por produzir um discurso de poder. O consumo é próprio do ser humano, necessário e intrínseco. Nada mais é do que a aquisição daquilo que lhe é essencial, para a manutenção de uma vida digna e confortável. Feito dia após dia, é parte indissociável do ser humano. Ocorre que o termo consumismo pode ser conceituado de diversas formas, dentre elas, como o ato de adquirir bens ou serviços desnecessários, supérfluos, não essenciais, ou por mero prazer ou vontade e satisfação pessoal.  O desenvolvimento da Internet e, posteriormente, das redes sociais, alterou de maneira drástica a forma de consumir. O alto fluxo informacional que se apresenta nos dias atuais, por meio de aparelhos eletrônicos, possibilitou uma maior facilidade e rapidez no momento da escolha e da compra, fez com que o mercado de consumo global se transformasse.” Fonte: https://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/RPensam-Jur_v.14_n.1.10.pdf TEXTO 2 Uso acrítico das redes sociais pode levar a manipulação de consumo e massificação de gostos Não é uma novidade que as redes sociais afetam o comportamento de quem as consomem. Inclusive, diversos estudos já comprovam que o uso exagerado e alienado à realidade pode trazer inúmeros prejuízos não apenas emocionais como físicos. Um exemplo é a pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health, no Reino Unido em parceria com o Movimento de Saúde Jovem que constatou que o Instagram é uma das redes sociais mais nocivas do mundo, afetando o sono, a autoimagem e a percepção de acontecimentos. Facebook e Snapchat vieram logo em seguida. O filósofo, escritor e estudioso do tema, Fabiano de Abreu aponta que a vida nas redes se assemelha a uma encenação, onde a ostentação e a venda de uma vida perfeita levam à manipulação dos usuários. “As redes sociais engoliram de vez a mídia televisiva, e a tendência é que engula as pessoas também, em especial pela característica de controle e influência onde modas temporárias de vestimenta, consumo e comportamento se tornam referência mundial rapidamente”, analisa. Um exemplo de consequência que migra das redes para a vida real é o consumismo exagerado, que tem como principal aliado a base de dados que dita o comportamento dos usuários. “Sofremos devido ao bombardeamento de propagandas de empresas que nos conhecem extremamente bem. Eles possuem todos os nossos dados e com os nossos desejos em mão, nos oferecem constantemente, mais e mais opções para que possamos comprar, comprar e comprar”, aponta Fabiano de Abreu. Além de provocar a impulsividade, esse consumismo pode levar ao endividamento, já que a vida financeira está baseada não no que se precisa, mas na ansiedade de consumir o que as redes dizem que você precisa. “Tem muita gente passando por uma crise horrível, mas não perde a oportunidade de ostentar vida boa nas redes sociais. Esses são exemplos de indivíduos que já estão imensamente embaraçados na trama toda e que se tornaram peças facilmente manipuláveis das redes”, aponta. Consumir por gosto ou por influência? A era das redes sociais também levanta a pauta dos gostos pessoais, já que estes podem ser apenas um reflexo do que se consome nos aplicativos e não um resultado da personalidade. “O que você veste condiz com quem você é? O fast-fashion é o melhor exemplo sobre padronização de gostos. A moda chega mais rápido ao consumidor final e nas redes sociais elas funcionam como uma espécie de cartel que monopoliza o que será tendência para os próximos meses e todo mundo usa a mesma coisa”, reflete o filósofo. E não é apenas o consumismo de bens que as redes podem influenciar. De acordo com Fabiano de Abreu músicas também podem seguir a mesma lógica. “Hoje em dia existem os hits comerciais que viram sucesso em questão de minutos, basta encaminhar em massa para aplicativos de mensagens ou redes sociais. Passamos a viver como se todos tivessem que cantar e escutar os mesmos estilos musicais para pertencer a um grupo”, aponta. Porém, mais que a massificação de gostos, a preocupação do escritor é quanto a apatia do indivíduo que não dá um tempo para refletir sobre seus consumos e preferências. “O mais preocupante é que desde que o mundo é mundo seguimos aceitando ser manipulados como uma máquina e de uns tempos para cá, essa manipulação ficou mais evidente. Mesmo que inconscientemente entramos em um sistema de influência, no qual os gestores das plataformas digitais e da mídia em geral são responsáveis por selecionar e filtrar o que será consumido pela grande massa. São eles quem determinam o padrão a ser seguido”, preocupa-se Fabiano. Segundo Fabiano, isso é um sinal de que a estratégia da indústria está sendo efetiva. A publicidade é construída para manipular o indivíduo a pensar que é ele quem escolhe o que está consumindo, sejam informações ou bens. “Já se deu conta que quando você pega o seu celular só aparecem as coisas que, ou você acabou de pesquisar no Google ou que se tornou viral e todos estão vendo? Ou seja, as informações são selecionadas e apresentadas a partir das pesquisas que fazemos e do que a massa está vendo”, defende. O que para muitos parece uma facilidade ou até mesmo uma demonstração de eficiência da internet, é na

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golpes financeiros

TEMA DE REDAÇÃO – Golpes Financeiros na Internet

Desde 2020, em meio à pandemia do coronavírus, o número de pessoas que foram vítimas de golpes financeiros na internet aumentou de forma alarmante no Brasil. O assunto é extremamente recente e relevante para o debate sobre segurança e privacidade digital e, por isso, merece a nossa atenção. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Golpes financeiros na internet”. TEXTO 1 No primeiro semestre, Brasil registrou uma tentativa de golpe financeiro a cada seis segundos Você já recebeu uma mensagem dizendo que seu cartão de crédito foi clonado? Ou ligações de supostos bancos para a confirmação de seus dados? A maioria destas investidas, na verdade, é golpe. É o que registrou o último levantamento da empresa de segurança PSafe, através de seu setor de inteligência de dados Dfndr Enterprise. No primeiro semestre deste ano, o Brasil contabilizou uma tentativa de golpe financeiro a cada seis segundos, totalizando 2,3 milhões ataques. Só no Paraná, o relatório identificou mais de 88,3 mil atuações criminosas. Os dados alarmantes corroboram também com o levantamento da Febraban – Federação Brasileira de Bancos – que mostra que os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram crescimento de 340% apenas no primeiro bimestre deste ano. Se contabilizadas todas as tentativas de fraudes, é possível que o volume seja de uma tentativa a cada três segundos, na visão de Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab e líder do levantamento. A fraude mais comum registrada pelo estudo da PSafe é a de golpes de SMS enviados em massa. Os golpistas enviam notificações via mensagem alertando que as credenciais bancárias foram clonadas, o cartão foi bloqueado ou foram realizadas compras indevidas. Ao receber a notificação, o usuário é direcionado para um site fraudulento do banco montado apenas para captar dados de login e senha de sistemas como internet banking. O criminoso de posse destes dados pode fazer movimentações bancárias se passando pela vítima. Infelizmente, as investidas não param por aí. Outra estratégia comum é a clonagem de WhatsApp. No primeiro semestre de 2021, foram mais de 1,1 milhão de clonagens no Brasil. No Paraná, o valor é de 51,6 mil detecções, apenas neste ano. Outro dado preocupante é o número de credenciais vazadas no mundo. Neste modelo, o hacker invade sistemas de empresas e capta credenciais para acessar e-mails ou portais pessoais das vítimas. Esta modalidade cresceu 726% de 2019 a 2020. Só nos primeiros meses de 2021, foram 4,6 bilhões de credenciais vazadas no mundo. A tendência é que o número atinja 10 bilhões de vazamentos até o fim do ano. Para Marco DeMello, CEO da PSafe, o uso da inteligência artificial por criminosos cibernéticos torna a internet mais perigosa a cada ano. “Os cibercriminosos conseguiram evoluir 10 anos em apenas seis meses, com o uso da inteligência artificial. No passado, para que uma invasão a um site ocorresse, era necessário que um hacker altamente especializado estudasse as infraestruturas digitais, procurando brechas de segurança. Hoje, costumamos dizer que os hackers já não invadem mais os sistemas, eles apenas fazem login. De posse das credenciais de acesso, normalmente informações de login e senha vazados, um cibercriminoso basicamente encontra portas escancaradas para suas ações”, alerta. Se a pandemia acelerou a velocidade da digitalização no Brasil e no mundo, o número de oportunidades para iniciativas criminosas cresceu na mesma proporção. Segundo Emílio, da PSafe, ao transferir o espaço do trabalho para casa, as redes de empresas e pessoais ficaram mais expostas, como o caso dos mega vazamentos registrados no início do ano, onde informações como nome e CPF de 200 milhões de brasileiros foram expostos na internet. “Quando o criminoso tem estes dados pode potencializar sua engenharia social. Eles ligam e tem seu nome completo, endereço, filiação e pedem senhas para cancelar compras, que, na verdade, não foram realizadas. Estes fatores combinados fazem com que o número de ataques esteja em crescimento”. Emílio completa também que orçamentos limitados para segurança cibernética, no caso de empresas, são uma das brechas encontradas por cibercriminosos. Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/gazz-conecta/como-se-proteger-golpes-financeiros-crimes-online/ TEXTO 2 Fonte: https://ndmais.com.br/tecnologia/infografico-entenda-o-que-e-o-pix-e-evite-cair-em-golpes-online/ TEXTO 3 A pandemia de golpes digitais no Brasil “Depois de ter problemas para receber um celular que comprou em maio de 2020, a professora Silvana Martins, de 45 anos, entrou em contato por meio de uma rede social com o e-commerce onde havia realizado a compra para reclamar da demora na entrega do produto. Após alguns minutos, recebeu uma mensagem de um perfil com o nome da loja solicitando seu número de telefone e nome completo. Sem desconfiar, Martins informou os dados e, em instantes, chegou a seu celular um código, que havia sido solicitado pelo suposto atendente da loja com quem estava em contato. A professora informou a sequência de números e, então, notou que já não conseguia mais acessar seu WhatsApp. Os momentos seguintes foram desesperadores para Martins, que percebeu que havia pessoas se passando por ela no aplicativo de mensagens e pedindo dinheiro para seus contatos. ‘Minha cunhada me ligou, porque havia achado estranha a mensagem que eu tinha mandado para ela no WhatsApp. Na mesma hora, percebi que havia sido vítima de um golpe e comecei a avisar às pessoas que não era eu quem estava mandando as mensagens, mas duas amigas minhas chegaram a enviar o dinheiro. Mais de R$ 900 cada uma’, contou a professora, que ficou acordada durante a madrugada daquele dia tentando recuperar o controle do aplicativo. ‘Fiquei muito mal, chorei por dias por minhas amigas terem dado o dinheiro. Devolvi o valor para uma delas, mas a outra não quis aceitar’, disse.” EXEMPLO A ordem constitucional vigente, inaugurada em outubro de 1988, guia-se pelo propósito de construção de uma sociedade, livre, justa e solidária, de modo a assegurar o bem-estar, a igualdade e a justiça como valores supremos. Contudo, mesmo diante desses preceitos na constituição federal, os casos de golpes financeiros na internet persistem na sociedade brasileira. Assim, de modo a mitigar

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A questão do aborto no Brasil | Tema de Redação

TEMA DE REDAÇÃO – A questão do aborto no Brasil

O debate sobre o tema sobre a questão do aborto no Brasil é polêmico e divide opiniões. No entanto, falar sobre o assunto é urgente, uma vez que faz parte da realidade de muitas mulheres. Então, Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o TEMA DE REDAÇÃO a questão do aborto no Brasil. Texto 1: A discórdia do tema sobre a questão do aborto no Brasil Na praça do Hospital Pérola Byington, em São Paulo, acesas estão as discussões sobre o aborto. De um lado, o grupo “Primavera e Solidariedade”, apoiando o trabalho do hospital, referência em abortos legais. Eles promovem ações de apoio, respeitando as restrições de pandemia. “O hospital salva muitas mulheres”, destaca a organizadora, Daniela Abade. Por outro lado, Confrontando-os, o “40 Dias pela Vida”, um movimento religioso que se opõe a qualquer forma de aborto. Eles criticam abertamente o trabalho do hospital, apoiados pelo deputado Douglas Garcia. “O aborto, até o debate, deveria ser proibido”, declara Garcia. Em seguida, entre eles, Maria, uma moradora de rua, favorece o “Primavera e Solidariedade”. Ela ressalta a importância do hospital para mulheres vítimas de estupro. Isso porque, em 2019, a tensão entre os grupos escalou, ou seja, com o grupo extremista agredindo mulheres e profissionais do hospital. “Precisávamos responder a essa violência”, explica Daniela. Todavia, no Brasil, o aborto é legal somente sob condições específicas. Por exemplo, o Hospital Pérola Byington é um centro de referência para esses casos. “Nosso trabalho é técnico e legal”, afirma André Malavasi, diretor do hospital. Fonte: Isto é Texto 2 Brasil está entre países menos favoráveis ao aborto, mas apoio cresceu em 2021 Em uma pesquisa global realizada em 2021 pela Ipsos, constatou-se que apenas 31% dos brasileiros apoiam a legalização do aborto sempre que uma mulher assim desejar. Dessa forma, esse dado posiciona o Brasil entre os cinco países menos favoráveis à legalização total do aborto em um estudo que envolveu 27 nações. No contexto internacional, a aceitação média para a descriminalização do aborto sob essa condição foi de 46%. Além disso, no Brasil, as opiniões variam em relação ao aborto: 33% acreditam que deve ser permitido em certas circunstâncias, como no caso de estupro; 16% apoiam a legalização somente quando a vida da mãe está em risco; e 8% se opõem ao aborto em qualquer circunstância. Por conseguinte, curiosamente, em 2021, o Brasil alcançou o maior percentual de pessoas favoráveis à permissão total ou parcial do aborto, totalizando 64%. Nesse sentido, de acordo com Priscilla Branco, da Ipsos Brasil, a opinião pública sobre o aborto é fortemente influenciada por fatores culturais, debates legislativos e eventos internacionais, como a recente legalização do aborto na Argentina. Logo, esses aspectos podem ter impulsionado o aumento na aceitação da descriminalização do aborto no Brasil. Fonte: BCC Texto 3 Exemplo de redação: Tema sobre a questão do aborto no Brasil O seriado Sex Educacion, da Netflix, aborda em sua primeira temporada a trama sofrida pela protagonista Maeve, visando não possuir condições financeiras e psicológicas e criar um filho na adolescência, opta por um aborto. Tal cenário vem de encontro ao contemporâneo, visto que o aborto, apesar de se tratar de uma questão de saúde pública da mulher é um grande tabu na sociedade contemporânea. Em síntese, podemos citar o alto índice de mortalidade em decorrência do aborto clandestino e as conexões nervosas do feto. Primeiramente, faz-se necessário ressaltar que o fato de o aborto ser criminalizado em um país não é obstáculo para muitas mulheres, e as leva a o procurarem de forma clandestina. Nesse viés, o Ministério da Saúde registrou que, no ano de 2016, ocorreram pelo menos duas mortes a cada dois dias por aborto realizado. Ademais, convém debater que é do senso comum que na maior parte das vezes as vítimas desses procedimentos são as mulheres de baixa condição financeira e desprivilegiadas. Em segunda mão, é levando em consideração por aqueles que defendem a criminalização do aborto que o ato se trata de tortura, e um assassinato a sangue frio, entretanto, vale ressaltar que os fetos não sentem dor até, pelo menos, 24 semanas. Tal fato foi comprovado pelo Royal College de obstetrícia e ginecologia da Grã-Bretanha, que consta que o feto tem reações de impulsos nervosos diferentes de um adulto, pois as conexões nervosas do cérebro não se formaram por completo, dessa forma, deixando o feto em um estado de sono profundo. Em síntese, fica clara a necessidade da descriminalização do aborto na sociedade como uma questão de saúde pública maternal. Portanto, cabe ao governo, juntamente das instituições a criação de medidas para que sejam evitadas não somente os casos de aborto, mas também gestações indesejadas, por meio da implantação da educação sexual e da descriminalização do aborto em um determinado tempo, a fim de evitar o índice avassalador de mortalidade, uma vez que menos vidas seriam perdidas. Leia também sobre o aborto: Perguntas frequentes sobre o tema Gostou do tema? Na nossa plataforma, você encontra mais de 300 temas atualizados para treinar e conquistar a nota máxima. 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charlatanismo e estelionato religioso

TEMA DE REDAÇÃO – Charlatanismo e estelionato religioso

Você sabe o que é charlatanismo e estelionato religioso? Basicamente, essas duas práticas têm sido relacionadas a casos de líderes religiosos que usam seu poder de influência para obter favorecimento econômico à custa de uma promessa “infalível” feita a seus seguidores. No âmbito jurídico, tanto o charlatanismo quanto o estelionato estão previstos no Código Penal e são considerados crimes em nosso país. Nos últimos anos, esse assunto tem aparecido nos noticiários, por isso a discussão acerca desse tema se torna cada vez mais necessária. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Charlatanismo e estelionato religioso”. TEXTO 1 Estelionato religioso? Nos dias atuais, nós vemos cada vez mais igrejas protestantes abrirem suas portas, onde pastores clamam verdadeiros discursos perante os fiéis, normalmente cobrando dízimo em troca de uma vida melhor após a morte, vendendo artefatos ditando serem os mesmos milagrosos, dentre outras atividades religiosas em troca de dinheiro. Os artefatos são comumente almofadas que curam prisão de ventre, pregas da cruz de Cristo, sangue de sei-lá-quem que cura câncer, etc. Entretanto, a grande maioria destes artefatos e dessas graças estão longe de serem milagrosos, fazendo com que pastores arranquem generosas quantidades de dinheiro de seus fiéis, vendendo-lhes artefatos enganosos, pregando preces que não funcionam, não lhes curando nada daquilo que aos fiéis foram prometidos. E como fica tal questão, à luz do Direito? O Código Penal determina, em seu art. 171, que é crime obter vantagem ilícita, em detrimento alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento, na qual configura a figura do estelionato. Assim, é estelionato toda fraude com o intuito de receber vantagem econômica em detrimento alheio – como os chamados “conto do vigário”, “golpe do bilhete premiado”, “golpe do troco”, dentre outros. Da mesma forma, determina o art. 283 do mesmo diploma que é crime “inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível”, na qual configura o charlatanismo. Dessa forma, configurará charlatanismo quando alguém anuncia que sabe curar doença da pessoa através de um método completamente secreto e que não revelará ao público. Vender produto milagroso não o sendo, cobrar dízimo em troca de espaço no céu, dentre outros – ludibriando, pois, os adquirentes -, configuraria, em tese, crimes de estelionato e/ou charlatanismo, com penas que variam entre um ano e seis anos de prisão. Todavia, é necessário ressaltar que a Constituição Federal de 1988 assegurou a liberdade religiosa, transformando-a em direito fundamental e inviolável da pessoa humana (inciso VI do art. 5º da Carta Magna). Assim, qualquer pessoa tem direito de professar sua religião sem interferência estatal, podendo ministrar cultos, construir templos, orar, carregar símbolos religiosos nas ruas, etc. Pode uma mulher islâmica andar pelas ruas usando hijab ou burca; pode haver procissões católicas; pode haver abertura de igrejas para rezas evangélicas, e assim por diante. Dessa forma, a venda de artefatos religiosos configuraria, a princípio, liberdade religiosa, pois, por mais que não haja efeito médico algum, pode haver efeitos religiosos na pessoa, que acredita sinceramente que aquele artefato é milagroso por dádiva divina. Outrossim, pode a pessoa acreditar que doando o seu dinheiro à Igreja estará fazendo um bem, tendo, pois, um lugar no céu após a morte. Então, qual princípio deveria prevalecer – e, portanto, ser aplicado – neste caso? A proteção ao patrimônio particular (a qual o estelionato viola) e à saúde pública (a qual o charlatanismo viola)? Ou a liberdade religiosa? Ainda que haja todo um conceito religioso à frente da venda dos artefatos milagrosos, de preces em troca de dízimo, dentre outros, por trás há a intenção destes pastores em se beneficiarem das vendas para auferirem generosos lucros. Há vários e vários pastores extremamente ricos, com dinheiros recebidos pelos fiéis em troca de graças, artefatos milagrosos, dentre outros. Isso é ludibriar o outro. E não pode os pastores usarem suas igrejas como mecanismo de auferir lucro de maneira completamente ilegal. Nestes casos, as igrejas são apenas fachadas para um intento maior – o dinheiro. Estes pastores não estão sob a égide da religião e sim do desejo de lucrar. Portanto, não cabe a estes a proteção constitucional da liberdade religiosa, eis que a religiosidade não está ali presente – e sim o interesse em utilizá-la com o intuito de enganar os fiéis para ganharem lucros. E isso não pode o Direito brasileiro permitir. Por mais que haja religião na venda dos artefatos religiosos, do dízimo em troca das graças, dentre outros, não há por parte dos pastores qualquer fé, qualquer religiosidade no assunto – não podendo, portanto, ser dado a estes a proteção constitucional da liberdade religiosa, devendo, assim, responder normalmente por seus atos. Fonte: https://canalcienciascriminais.com.br/estelionato-religioso/ TEXTO 2 MPF vê estelionato em caso de pastor que oferece feijão para curar coronavírus e pede investigação em SP O Ministério Público Federal (MPF) viu indícios de estelionato por parte do pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), que apareceu em vídeo divulgado na internet anunciando sementes de feijão com supostos poderes de curar a Covid-19. A Procuradoria Regional da República da 5ª Região, no Recife (PE) pediu nesta sexta-feira (8) que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apure o caso e denuncie o pastor. Segundo o procurador federal Wellington Cabral Saraiva, “está claro” no vídeo que o pastor “usa de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19 por meio de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos”. “O noticiado não fala explicitamente em pagamento, pois emprega a palavra-código “propósito”. As vítimas não fariam pagamentos, mas “propósitos”. A despeito do disfarce linguístico, o ardil está claro: os fiéis devem pagar valores predeterminados para obter feijões mágicos que os poderão curar da Covid-19, mesmo em casos graves”, afirma Wellington Cabral Saraiva. No vídeo, o pastor

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assédio no trabalho repertórios

TEMA DE REDAÇÃO – Assédio moral no ambiente de trabalho

O assédio moral é um dos maiores problemas dentro do ambiente de trabalho que persiste há anos em nossa sociedade. Este problema se agrava ainda mais no contexto de hoje, marcado pela crise econ&oci O assédio moral é um dos maiores problemas dentro do ambiente de trabalho que persiste há anos em nossa sociedade. Este problema se agrava ainda mais no contexto de hoje, marcado pela crise econômica, uma vez que muitas vítimas não denunciam por medo de perder o emprego. Agora, o assédio moral também se manifesta de outra forma: no trabalho remoto. Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Assédio moral no ambiente de trabalho”. TEXTO 1 Paraíba registra 210 denúncias de assédio moral no trabalho, em 2020, diz MPT A Paraíba registrou, em 2020, 210 denúncias de assédio moral no trabalho e cinco denúncias de assédio sexual, de acordo com o Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB). Todas as denúncias geraram investigações no MPT e vários procedimentos de apuração, entre eles, 106 inquéritos civis. As cinco denúncias de assédio sexual foram registradas contra cinco empresas diferentes na Paraíba, entre elas, um banco. Em todo o país, o MPT recebeu aproximadamente 5 mil denúncias de assédio moral em 2020 e cerca de 300 denúncias de assédio sexual. A procuradora do Trabalho Andressa Lucena Ribeiro Coutinho explica o que caracteriza o assédio moral e sexual no trabalho. “O assédio moral em organizações, ou o chamado assédio moral organizacional ou institucional é um conjunto sistemático de práticas reiteradas que vêm próprias do método de gestão empresarial, do método de gestão daquela empresa. Ou seja, são práticas que têm por finalidade atingir alguns objetivos empresariais relacionados a aumento de produtividade, diminuição do custo de trabalho, sempre praticados através de pressões, humilhações, constrangimentos e segregações aos trabalhadores de determinada empresa ou organização”, explicou Andressa Coutinho. Já o assédio sexual no ambiente de trabalho é um tipo de constrangimento praticado com a “conotação sexual” dentro da empresa, ou seja, dentro do ambiente em que a pessoa trabalha. “No caso do assédio sexual, a pessoa que pratica, geralmente usa sua posição hierárquica superior ou a sua influência dentro da empresa para obter o que deseja. Isso é o chamado assédio sexual dentro do meio ambiente de trabalho, que certamente engloba também, um tipo de assédio moral, uma vez que a vítima é constrangida e é humilhada, muitas vezes ou submetida a situações vexatórias para atender ao desejo sexual da parte que pratica esse assédio”, acrescentou a procuradora. De acordo com Andressa Lucena, é possível identificar a prática de assédio moral no trabalho a partir da exposição das pessoas a situações vexatórias, humilhantes, constrangedoras, dentro do ambiente de trabalho de forma repetitiva. A procuradora orientou que “a forma de se evitar essa subnotificação desses casos é justamente a realização de uma denúncia sigilosa ou anônima perante os órgãos competentes: Ministério Público do Trabalho ou a Gerência Regional de Trabalho e Emprego. É muito importante que haja essa denúncia, ainda que de forma anônima ou sigilosa para prevenir a prática do assédio e garantir que não haja exposição do denunciante”. Fonte: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2021/09/10/paraiba-registra-210-denuncias-de-assedio-moral-no-trabalho-em-2020-diz-mpt.ghtml TEXTO 2 Casos de assédio moral crescem 10% longe dos escritórios em 2021 O número de processos de assédio moral no ambiente de trabalho cresceu mais de 10% nos primeiros seis meses de 2021. Entre janeiro e junho, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), foram registradas 27.117 novas ações, enquanto no mesmo período do ano passado foram 24.489.  O setor do comércio lidera a lista de novas ações nas Varas de Trabalho de todo Brasil, com 5.746 denúncias.  Serviços gerais, com 3.466 casos; indústria, com 3.221; e comunicações, com 2.047, completam o ranking dos setores que mais registram esse tipo de crime.  Na avaliação do advogado especialista em compliance, André Costa, o trabalho remoto motivou as denúncias.  “Longe do agressor e em um ambiente mais saudável, o funcionário tem uma percepção melhor do quão prejudicial é aquela relação e se sente mais seguro em relatar o que está acontecendo nos canais de denúncia”, afirma.  Costa, que é autor do livro Entrevista Forense Corporativa e especialista em detectar assédio moral nas corporações, aponta que a divulgação de inúmeros casos na mídia tem sido um importante instrumento de conscientização.  “A pessoa que está sofrendo assédio, ao ver nas redes sociais ou na imprensa os casos divulgados, acaba se identificando com a situação e ganha força para denunciar”, diz.  Se, de um lado, a pandemia encorajou as vítimas a denunciarem, por outro, mudou a forma como a agressão acontece.  “O assédio no teletrabalho se manifesta de forma passiva e, muitas vezes, silenciosa. Ao deixar de convocar um colega de trabalho para as reuniões, não responder e-mails, não atender ligações e o excluir de outras atividades a pessoa está cometendo assédio”, explica o advogado.  O especialista, que atua há mais de 10 anos investigando e tratando casos de assédio moral no ambiente corporativo, diz que esse tipo de conduta se tornou muito comum no último ano.  “Desde o início da pandemia, tenho gerenciado muitas crises relacionadas a esse comportamento que gera um enorme desgaste e leva, na maioria dos casos, a vítima a pedir demissão”, pontua.  Os efeitos do assédio moral vão além dos problemas no ambiente de trabalho.  “É uma agressão muito cruel e gera sofrimento ao trabalhador. Já atendi casos em que o funcionário tomava remédios para controlar ansiedade e tinha problemas pessoais provocados pelo assédio”, conta.  Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/casos-de-assedio-moral-crescem-10-longe-dos-escritorios-em-2021/ TEXTO 3 Nove em cada 10 vítimas de assédio moral no trabalho não denunciam “Em 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu quase 50 mil denúncias de assédio moral em todo país. Além disso, segundo pesquisa feita por um site de vagas de emprego, 52% dos entrevistados alegaram já ter sofrido algum tipo de assédio moral no meio corporativo. No entanto, 87% não denunciaram por vergonha, medo ou receio de perder o emprego.” Fonte: https://olivre.com.br/nove-em-cada-10-vitimas-de-assedio-moral-no-trabalho-nao-denunciam TEXTO

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