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Vícios de linguagem: como evitá-los na redação?

vícios de linguagem na redação

Alguém já chamou a sua atenção por repetir muito uma palavra? Cuidado, isso pode ser um vício! Entre todos os erros gramaticais, os vícios de linguagem são os mais comuns em ambientes formais. Em geral, são palavras que não correspondem à norma-padrão da língua portuguesa e são muito usadas na fala e na escrita sem que a pessoa emissora perceba.

Saber identificar esses desvios é fundamental para evitá-los em ambientes que exigem e avaliam a linguagem formal. Mas, afinal, o que são esses vícios de linguagem? Como se classificam? E como evitá-los? Continue a leitura do texto e descubra!

 

O que são vícios de linguagem?

 

Os vícios de linguagem são desvios da norma-padrão cometidos de maneira não intencional pela pessoa que emite a mensagem na fala ou na escrita, causando ruídos na comunicação e outros problemas relacionados à coesão e coerência. São considerados “vícios” por serem palavras e expressões usadas de maneira repetitiva, geralmente por falta de atenção ou falta de conhecimento da língua.

Por serem contrários à norma-padrão, os vícios de linguagem devem ser evitados em contextos formais – como em uma reunião de trabalho, no ambiente acadêmico ou em redações de vestibulares, concursos e Enem –, pois eles podem afetar a sua imagem ou a sua nota nos exames que exigem o conhecimento da escrita formal da língua portuguesa.

 

Quais são os tipos de vícios de linguagem?

 

Existem vários tipos de vícios de linguagem que podem estar relacionados a problemas semânticos, morfológicos e sintáticos do texto. Veja a seguir os mais cometidos!

 

Barbarismo

 

O barbarismo é um vício de linguagem que se caracteriza por um erro na grafia ou pronúncia das palavras, por exemplo:

 

Arcaísmo

 

Como o próprio termo já diz, o arcaísmo se refere às palavras que são consideradas arcaicas, ou seja, que deixaram de ser usadas pelos falantes da língua. Por exemplo:

 

Ambiguidade

 

A ambiguidade é considerada um vício quando as construções textuais, de maneira não intencional, geram um duplo sentido. Veja um exemplo:

“Ana foi atrás do cachorro correndo”.

Devido à posição do verbo “correndo”, a frase cria uma dúvida: quem estava correndo? Ana ou o cachorro? Para resolver a ambiguidade, poderíamos reestruturar a frase da seguinte forma:

 

Pleonasmo vicioso

 

O pleonasmo ocorre quando há expressões redundantes ou repetitivas, por exemplo:

 

Solecismo

 

Já o solecismo se refere a erros de concordância, regência e colocação pronominal. Veja a seguir um exemplo de cada caso:

 

Cacofonia

 

A cacofonia, ou cacófato, ocorre quando duas palavras próximas produzem um som desagradável, causando um fenômeno conhecido como dissonância. Em geral, essas expressões são formadas pelo final de uma palavra e o início de outra. Por exemplo: “Eu vi ela na rua” (viela) e “Colocaram a culpa nela” (panela).

Há também outros vícios de linguagem relacionados à cacofonia, que também provocam sons dissonantes: a colisão, hiato e eco. Veja abaixo como se classificam:

 

Gerundismo

 

O gerundismo é o uso inadequado e excessivo do gerúndio em situações que possuem conjugações adequadas para a utilização. Um exemplo é: “Vou estar enviando um e-mail para você” em vez de “Eu enviarei um e-mail para você”.

 

Estrangeirismo

 

O estrangeirismo é o uso exagerado de palavras estrangeiras – geralmente da língua inglesa – enquanto já possuem vocábulos equivalentes em português. Alguns exemplos são: start (“começar”), stress (“estresse”) e hot dog (“cachorro-quente”).

 

Preciosismo

 

Sabe aquela palavra difícil e pouco usada no dia a dia? Cuidado com o seu uso, pois ela pode ser considerada um preciosismo. Esse vício de linguagem se trata do uso excessivo de palavras rebuscadas, como “destarte” e “colóquio”. O uso de mesóclise também pode ser considerado vicioso, por exemplo, “falar-lhe-ei”. Prefira sempre as expressões mais simples, anotado?

 

Plebeísmo

 

Ao contrário do preciosismo, o plebeísmo é o uso de palavras coloquiais e gírias que são muito usadas em conversas informais, por exemplo: “rolê”, “tá ligado” e “correr atrás”. Neste último caso, prefira “persistir” ou “perseverar”.

 

Como evitar os vícios de linguagem na redação?

 

Alguns desses vícios de linguagem que acabamos de ver são muito encontrados nas redações do Enem e vestibulares pelos corretores – como o solecismo e o preciosismo. Esse descuido prejudica a nota de muitas pessoas sem que elas saibam, por isso é essencial identificar os vícios de linguagem e, então, corrigi-los.

Mas, afinal, como evitar os vícios de linguagem? Confira as dicas que preparamos!

 

Pratique a redação

 

A primeira dica de todas é: pratique a sua redação! Quanto mais você escreve, mais você desenvolve a sua habilidade de comunicação. Pesquise sinônimos para substituir a expressão que você identificou como um vício, pois essa é uma ótima forma de ampliar o seu vocabulário.

 

Revise o seu texto

 

Após escrever, deixe a sua redação descansar um pouco. Com a cabeça mais fresca, revise o que você escreveu atentamente para identificar possíveis vícios e outros desvios gramaticais. Dica de ouro: sempre que possível, leia em voz alta! Isso ajuda a identificar as estruturas confusas e os sons desagradáveis.

 

Peça para alguém corrigir

 

Por fim, peça para alguém corrigir a sua redação e fazer um comentário sobre a sua qualidade. Os vícios de linguagem muitas vezes passam despercebidos por quem escreve, por isso a leitura de outra pessoa é essencial para ajudar a reconhecer esses deslizes. Peça o auxílio de familiares que mandam bem na escrita ou de alguém especializado em redação.

 

Se você precisar de ajuda, nós do Redação Online podemos ajudar você a identificar seus vícios de linguagem e aperfeiçoar a sua escrita. Que tal conferir os nossos planos? Nós corrigimos a sua redação em até 3 dias úteis. Conte com a gente!

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