logo redação online

A elitização da arte no Brasil | Repertórios para o tema

Quer saber mais sobre “A elitização da arte no Brasil”? Confira alguns repertórios que listamos para o tema!

 

Você viu nos textos motivadores que o campo artístico no Brasil enfrenta um problema: a elitização da arte. Para escrever sobre esse tema, é importante que você saiba o que significa “elitismo” que, de forma resumida, trata-se de um processo pelo qual os serviços da sociedade são feitos para favorecer apenas a classe privilegiada da população, tornando-se inacessível para as classes baixas.

Nesse sentido, a arte pode ser elitista tanto no acesso a espaços artísticos – que cobram entradas exorbitantes – quanto nas próprias regras impostas pelas instituições para definir o que é uma arte legítima.

É um problema que possui muitos desafios, por isso selecionamos alguns repertórios para você estudar e usar em sua redação. Boa leitura!

 

Vídeo | Arte é coisa de rico? Pensando a democratização da arte

 

Se a arte no Brasil é excludente, é necessário então pensarmos no conceito de democratização da arte. Nesta entrevista para o Infame, a curadora Julia Lima fala sobre a importância de democratizar a arte e faz uma provocação:

“Existem maneiras de acessar arte de graça. Mas o quanto isso é, de fato, democrático?”

A curadora ressalta que embora existam formas de tornar o valor da entrada acessível às pessoas pobres, os espaços artísticos (museus, galerias, cinemas etc.) estão em sua maior parte concentrados em bairros da cidade onde a população mais pobre não frequenta.

Esse é o caso de São Paulo, a cidade que possui mais galerias de arte no Brasil e, ainda assim, são acessíveis para poucos.

Acesse o vídeo neste link.

 

Artigo | Desconstruir a hegemonia branca nas artes brasileiras é uma ação efetiva de mudança

 

O elitismo é um sistema que reforça o racismo. Sendo assim, no campo das artes, há uma grande desigualdade e preconceito em relação às artes realizadas por pessoas não brancas.

Este artigo, do portal Arte! Brasileiros, discute a importância de tornar a arte brasileira diversa nas instituições tradicionais e mostra o trabalho de curadores para incluir as artes realizadas por pessoas racializadas (asiáticas, negras, indígenas e nipo-brasileiras), como a Diáspora Galeria criada por Alex Tso.

Leia o artigo completo aqui.

 

Notícia | Meia-entrada quase chega ao fim

 

Você deve ter visto que o benefício da meia-entrada quase chegou ao fim, certo? Trata-se de uma notícia recente relacionada ao tema que você pode utilizar como repertório.

O Projeto de Lei, de autoria do deputado Arthur do Val (Patriotas), pretendia acabar com a meia-entrada em eventos culturais, artísticos e de lazer. O projeto foi aprovado, mas foi vetado pelo deputado Carlão Pignatari (PSDB), governador do estado de São Paulo. 

Muitas entidades estudantis criticaram o PL por retirar um direito estabelecido por normas como a lei federal nº 12.933, de 2013. Se a retirada da meia-entrada se efetivasse, estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos de baixa renda seriam privados de entrar em espaços artísticos, como museus, orquestras, cinema etc., o que tornaria esses espaços ainda mais elitizados.

Leia a matéria completa aqui

 

Documentário | Pixo (2010)

 

Para além do grafite, citado nos textos motivadores, outras manifestações artísticas são marginalizadas em nossa sociedade, como o rap, o funk, os lambes e o pixo – estas últimas consideradas arte urbana.

O documentário “Pixo” (2010), produzido por João Wainer e Roberto Oliveira, levanta uma discussão polêmica: a pichação é arte ou vandalismo? Situado na cidade de São Paulo, o longa mostra a realidade dos pichadores, suas ações e os conflitos com a polícia.

No documentário, alguns protestos marcantes contra à elitização da arte são retratados, como o manifesto de pichadores na faculdade de Belas Artes em 2008, que questionavam o conceito de arte, e o depoimento de Caroline Sustos, que foi presa por pichar as paredes de um andar vazio do prédio da Bienal, em um protesto realizado por cerca de 40 pichadores.

Vale lembrar que após dois anos, três pichadores presentes no protesto da Bienal foram convidados a participar do evento. Confira o caso neste link!

O documentário está disponível no Youtube, vale a pena assistir!

 

 

Documentário | Amarelo: é tudo para ontem (2020)

 

No documentário “Amarelo: é tudo para ontem”, o rapper Emicida celebra a arte e a cultura do povo negro no Brasil a partir de cenas do show realizado no Theatro Municipal de São Paulo – um lugar que por muito tempo foi inacessível para pessoas negras e de baixa renda.

No documentário, Emicida conta a importância de ter levado o rap para dentro do Theatro e faz uma crítica à cultura elitizada ao afirmar que muitas pessoas que foram ao show nunca tinham pisado nesse espaço antes. Em entrevista para o jornal El País, o rapper afirma:

“Durante muito tempo, nossa sociedade ficou refém de algo que ela chama de alta cultura. Uma cultura elitizada, que se baseia numa ideia questionável de que o povo não compreende arte. Transformar um prédio tão importante em um templo da alta cultura afastou a população, sobretudo a população mais pobre. Não sou o primeiro artista negro, não sou o primeiro representante de um movimento popular a subir naquele palco. Mas conseguimos criar um contexto onde levamos para lá dentro um número imenso de pessoas que passam ao redor do Theatro todos os dias mas não se perguntam: ‘por que a gente nunca entrou nesse teatro?’ Porque nunca nos convidaram a pertencer a ele.”

Leia a entrevista completa neste link e assista ao documentário na Netflix!

 

 

Série | Gentefied (2020)

 

A série Gentefied (2020), disponível na Netflix, narra a história de uma família chicana que lida com a gentrificação nos EUA. Nesse cenário, Ana é uma jovem artista que sonha em ser reconhecida pelo seu trabalho, mas é bajulada pelo mercado da arte e entra em conflito com esse meio elitizado.

Confira o trailer a seguir e prepare a pipoca!

 

 

Esses são apenas alguns repertórios sobre o tema, mas não se limite a eles, viu? Existe uma infinidade de filmes, séries e livros que podem ser usados na redação. Você provavelmente conhece um!

Além dessas indicações, neste post selecionamos repertórios para outro tema sugerido aqui no blog sobre elitização e preconceitos na arte. Não deixe de conferir!

 

Agora é hora de colocar a mão na massa! Escreva a sua redação sobre “A elitização da arte no Brasil e envie em nossa plataforma que a corrigimos em até 3 dias úteis!

 

POSTS RELACIONADOS