TEXTO I
No dia da primeira exibiรงรฃo pรบblica de cinema – 28 de dezembro de 1895, em Paris -, um homem de teatro que trabalhava com mรกgicas, Georges Mรฉlies, foi falar com Lumiรจre, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumiรจre desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematรณgrapho” nรฃo tinha o menor futuro como espetรกculo, era um instrumento cientรญfico para reproduzir o movimento e sรณ poderia servir para pesquisas. Mesmo que o pรบblico, no inรญcio, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumiรจre enganou-se. Como essa estranha mรกquina de austeros cientistas virou uma mรกquina de contar estรณrias para enormes plateias, de geraรงรฃo em geraรงรฃo, durante jรก quase um sรฉculo?
BERNARDET, Jean-Claude. O que รฉ Cinema. In BERNARDET, Jean- Claude; ROSSI, Clรณvis.O que รฉ Jornalismo, O que รฉ Editora, O que รฉ Cinema.ย Sรฃo Paulo: Brasiliense, 1993.
TEXTO II
Edgar Morin define o cinema como uma mรกquina que registra a existรชncia e a restitui como tal, porรฉm levando em consideraรงรฃo o indivรญduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participaรงรฃo do espectador.
GUTFREIND, C. F. O filme e a representaรงรฃo do real.ย E-Compรณs, v. 6, 11, 2006 (adaptado).
TEXTO III