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Democratização do ensino superior: o papel das políticas de inclusão na redução das desigualdades educacionais no país | Tema de redação

É o que você mais quer agora: ser aprovado no ensino superior! A prova de vestibular é a “pedra no meio do caminho”. Mas alguns jovens brasileiros têm mais “pedras” que outros… 

O que você acha das políticas de inclusão para permitir maior acesso às universidades? Vamos ao tema desta semana!
Escreva uma dissertação argumentativa (veja como planejar a sua) sobre o tema “Democratização do ensino superior: o papel das políticas de inclusão na redução das desigualdades educacionais no país”. Use os textos de apoio abaixo, e os repertórios no final da página. Sua redação deve seguir o que o Enem exige.

Texto 1 sobre o ensino superior

A democratização do acesso à educação superior no Brasil

A Declaração Mundial sobre a Educação Superior afirma, no seu preâmbulo, que:

(…) a educação superior sempre foi destinada a uma parcela reduzida da população. Não basta garantir o acesso, pois há necessidade de criar condições para que o estudante conclua a sua formação inicial e obtenha êxito em sua vida profissional.

Ainda com o crescimento do número de instituições de ensino, de matrículas e de bolsas de estudo nos últimos anos, as metas do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024) e os compromissos do Governo para com o movimento Todos pela Educação não estão sendo cumpridos.

Após o êxito no ingresso em uma instituição de educação superior, os estudantes enfrentam o fracasso, pois, ao longo do curso, por falta de condições mínimas para a continuidade dos estudos, acabam desistindo.

A desistência do curso poderia ser evitada se os estudantes tivessem o apoio necessário para a permanência e conclusão do curso escolhido, tornando realidade a democratização da educação superior.

fonte: educa fcc

Texto 2

ensino superior

fonte: educa ibge 

Texto 3 sobre o ensino superior

Inclusão social e ações afirmativas no ensino superior no Brasil: para quê?

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tinha 65,8% dos matriculados em 2002 originários do ensino médio privado, o que reduziu para 60,4% em 2012; 64,8% tinham renda familiar maior ou igual a 10 salários mínimos, o que reduziu para 34,2% em 2012 e, enquanto 22% estavam na faixa entre 5 a menos de 10 salários de renda familiar em 2002, 33,4% estavam nessa faixa de renda em 2012.

Outro fator importante da exclusão é o territorial, posto que as Universidades brasileiras se concentram mais nas capitais e cidades maiores, dificultando o acesso para os jovens residentes de regiões menores e mais afastadas dos grandes centros (MOHR et al, 2012). Na Unicamp, por exemplo, em 2012, 61,4% dos matriculados eram provenientes da região metropolitana de São Paulo e Campinas (COMVEST, 2002, 2012).

Na contramão dos avanços obtidos com a expansão recente de acesso ao ensino, na última década ocorreu o fechamento 32,5 mil escolas de nível fundamental na área rural, onde se incluem comunidades quilombolas e indígenas, aumentando o déficit educacional e mantendo, principalmente famílias com menor renda, afastadas de ambientes de reflexão sobre e produção de conhecimento (BASSUMA, 2014).

fonte: revista ensino superior unicamp

Texto 4

Jovens vulneráveis de olho na faculdade: futuro adiado

Em que modelo o Brasil pode se espelhar ou de que forma pode melhorar o que já existe? O que já vem sendo discutido, quais as soluções?

Primeiro, não há uma solução única, é preciso trabalhar com um rol delas, pautadas em políticas públicas. Por exemplo, não adianta oferecer financiamento e ficar formando aluno no bacharelado, isso é uma ineficiência nossa.

Paralelamente à inclusão no ensino superior, é preciso ampliar o número de alunos que cursam tecnólogos, por exemplo, que também são de nível superior, com menos tempo de duração e focados no mercado de trabalho. Isso é muito comum na Coreia do Sul, Alemanha, em outros países da Europa e nos Estados Unidos.

No Brasil, grande concentração de alunos do ensino superior está nos bacharelados. Isso acaba saturando algumas carreiras e causando escassez em outras, com cursos demorados, pesados para muitos alunos.

Mas, para financiamento estudantil, a fórmula mais eficaz que existe, que também funciona na Austrália e Reino Unido, é vincular o pagamento do financiamento à renda futura desse aluno.
fonte: revista educacao

Repertórios socioculturais relacionados ao tema “Democratização do ensino superior: o papel das políticas de inclusão na redução das desigualdades educacionais no país”

estatística – sem dúvida, um repertório fácil de usar sobre as políticas de inclusão no ensino superior. 

artigo – afinal, será que o Ensino à Distância é uma solução para democratizar o ensino superior no Brasil? leia tudo aqui.

filme – ademais, “Duro aprendizado”, de 1995, mostra como “bixos” de uma universidade nos EUA encaram novidades como a diversidade e a sensualidade.

relato – além disso, use o exemplo da carioca Mayara, e todas as dificuldades para se formar numa universidade pública.

estudo –  agora, veja quantos números disponíveis neste trabalho de Isabela Bittencourt da Silva para a UFRJ – ótimo para seu repertório!

filme – por outro lado, “Aprovados” é uma comédia de 2006: um jovem é rejeitado por oito universidades e decide criar sua própria Universidade. 


informativo – por fim, é importante saber o que o Governo do Brasil tem feito para democratizar o ensino superior – veja o que é o Programa Bolsa Permanência.

Será que a democratização do ensino superior e o papel das políticas de inclusão na redução das desigualdades educacionais no país vai cair este ano no Enem? 
Se cair, você já está preparado. Quer dizer, preparado mesmo você vai estar se tiver a ajuda imprescindível de um professor para corrigir sua redação!

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