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TEMA DE REDAÇÃO – Coronavírus e emergência na saúde global

Coronavírus e emergência na saúde global

Coronavírus: o que é pandemia e por que a OMS ainda não declarou uma no caso atual

Michelle Roberts- Editora de Saúde na BBC News

3 fevereiro 2020

Os primeiros casos do novo Coronavírus foram confirmados na China cerca de um mês atrás. Com a chegada do vírus a mais de 20 países, médicos e cientistas estão preocupados diante da velocidade de disseminação da doença. Na quinta-feira (30/01), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública de interesse internacional — o que, oficialmente, significa a ocorrência de um “evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e potencialmente exige uma resposta internacional coordenada”. Até o momento, no entanto, não foi declarado um surto global ou uma pandemia.

Mas por quê? E qual é a chance de isso acontecer? O que é uma pandemia? O termo pandemia é usado para descrever situações em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas de forma simultânea no mundo inteiro. Um exemplo recente é o da gripe suína, em 2009, à qual é atribuída a morte de centenas de milhares de pessoas, de acordo com a estimativa de especialistas. As pandemias acontecem, em geral, quando há um vírus novo capaz de infectar seres humanos com facilidade e de ser transmitido de uma pessoa a outra de forma eficiente e continuada.

O novo Coronavírus, pelo que se sabe até agora, tem essas características. Assim, sem uma vacina contra o agente patogênico ou tratamento que possa prevenir a doença, conter a sua disseminação é crucial. Quando uma pandemia é declarada? De acordo com a descrição da OMS das fases de uma pandemia, o novo Coronavírus estaria a um passo de se tornar uma.

Primeiro, porque está se espalhando entre seres humanos e por já ter sido detectado em uma série de países vizinhos da China, além de outros mais distantes. A pandemia aconteceria se houvesse o aparecimento de surtos localizados em diversas regiões do mundo ao mesmo tempo. Qual a probabilidade de que isso aconteça? Ainda não se sabe com precisão a gravidade do novo Coronavírus e em que proporção ele irá se propagar.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirma que a disseminação fora da China, no momento, parece ser “mínima e lenta”. Há mais de 17 mil casos confirmados e 360 mortes, a maioria na China. Fora do país asiático, há mais de 150 casos confirmados e uma morte, nas Filipinas. “Se investirmos em lutar contra a doença no epicentro (do surto), na fonte, a disseminação para outros países será mínima e lenta”, disse Ghebreyesus em uma reunião do Conselho Executivo da OMS nesta segunda-feira (03/02).

Cada pandemia é diferente e, até que o vírus comece de fato a circular globalmente, é impossível prever totalmente seus efeitos. Especialistas acreditam que o novo Coronavírus — que, de acordo com os dados mais recentes, matou cerca de 2% dos infectados — possa ser menos letal do que outras doenças que protagonizaram surtos recentes de vírus da mesma família, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (9,5%), a Sars, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (de 35%), que ficou conhecida como Mers.

A decisão da OMS de declarar emergência global veio do fato de que a doença tem sido transmitida entre humanos fora da China e a possibilidade de que possa atingir países com sistemas de saúde frágeis. Apesar de a instituição recomendar aos países que tomem medidas para prevenir o aparecimento da doença ou limitar seu contágio, ela também destacou que, por ora, não avalia que haja necessidade de limitar viagens ou o comércio internacional.

Fonte: www.bbc.com.br/ Acesso em 15/02/2020

Exemplo

Na obra “Utopia”, o escritor e filósofo Thomas Morus idealiza uma sociedade harmônica, em que prevalece o bem-estar social coletivo. Entretanto, em se tratando do contexto atual, alguns fatores contribuem para distanciar a sociedade idealizada por ele, e o mais notável certamente é a Covid-19. Tal problema tem se tornado invisível devido ao pouco destaque dado a discussões como essa. Sendo assim, urge analisar, as causas, as consequências e desenvolver estratégias para reverter esse panorama.
De início, vale ressaltar que, no Brasil, a principal causa indutora para a ploriferação do coronavírus é a negligência governamental, pois, a falta de medidas preventivas, é irresponsabilidade do poder público. Prova disso, são os dados do site G1, o qual mostra que, no país a 22.815.827 casos confirmados desde o início da pandemia. Diante disso, verifica-se a falta de responsabilidade entre os brasileiros, por exemplo, em fazer aglomerações durante o combate contra o vírus.
Nesse sentido, é válido pontuar as consequências da epidemia para o cidadão. O site UNFPA comenta que a SARS-COV-2, revelou desigualdades e fraquezas nós sistemas de saúdes dentro da nação, tal irrupção fez com que os complexos de atendimento ficassem sobrecarregados. Bem como, sem UTIs disponíveis, milhares de pessoas a mais morrerão pela impossibilitade de tratamento. Com isso, é adimissível dizer que, a pouca intervenção governamental, diante dessa situação alarmante da pandemia.
Portanto, é preciso que o Estado tome providências para atenuar o quadro atual. Nesse viés, é crucial que o Governo, por meio dos investimentos em verbas, desenvolver políticas de assistência social para amenizar a crise econômica, e o corpo social, deve manter o distanciamento e a quarentena, a fim de diminuir a contaminação. Assim, o Brasil torna-se-á referência mundial em menor número de coronavírus.